Uma experiência estranha e real
Há uns dias atrás, saía eu de um estacionamento pago e tive de aguardar para dar passagem a um carro com um casal dentro. Eu segui atrás.
Subitamente começo a ouvir um apito de carro insistente. Não era eu! Francamente, parecia o carro da frente... Ou então seria o carro atrás de mim... Mas olhei pelo retrovisor e não vi nenhum!
O carro em frente imobiliza-se. De dentro do carro, do lado do pendura, sai um homem enfurecido que vocifera obscenidades acompanhadas do gesto "the finger"... Não consegui ouvir nada do que disse pois eu tinha a rádio alta e a música abafafa a sua voz.
Fiquei perplexa com a cena. A dado momento pareceu-me que ele estava disposto a agredir-me e eu tinha a janela aberta do meu lado.
Com muito medo, lembro-me de ter pensado na oração do ho'oponopono e disse mentalmente:
"Queridas memórias peço perdão por este acontecimento e por unir-me a esta pessoa neste momento. Sinto muito. Peço perdão. Amo-te. Sou grata." Repeti mais uma vez e a expressão do rosto dele pareceu ficar menos tensa. Retornou ao carro. Seguiu o seu rumo...
Creio que esta cena veio provar-me que não podemos escolher as circunstâncias ou o comportamento dos outros. Mas podemos escolher o nosso!
E é aí que reside a nossa salvação!
Perante, a atitude agressiva da outra pessoa, soube instintivamente que deveria permanecer quieta. Não responder. Foi nesse momento de silêncio em que abandonei a tentativa de compreender o que se estava a passar e simplesmente pensei: ho'oponopono!
O que é ho'oponopono?
É uma prática havaiana antiga, com vista à reconciliação e ao perdão. Práticas semelhantes de perdão eram feitas em diversas ilhas do Sul do Pacífico, incluindo Samoa, Taiti e Nova Zelândia.
Esta prática ou resulta ou não resulta. Ou você consegue vibrar alto no amor ou permanece no medo e não resulta. Como no Reiki.
Este evento veio recordar-me a lenda urbana do Dr. Ihaleakalá Hew Len, um dos criadores e impulsionadores do ho'oponopono. Vou apresentar a narrativa contada por um jornalista que o terá entrevistado.
Consta que ele foi trabalhar para um hospital psiquiátrico de alta segurança onde a rotatividade de funcionários era elevada e muitos faltavam ao trabalho com frequência, pois era uma atividade de risco.
Assinou um acordo para ter uma sala no hospital e rever as fichas médicas dos pacientes e também as fichas dos funcionários. Enquanto lia as fichas, ele trabalhava sobre si mesmo. Enquanto ele trabalhava sobre si mesmo, os pacientes começaram a curar-se. Não contactou com um único diretamente. Apenas, com as fichas destes!
“Depois de poucos meses, os pacientes que estavam acorrentados receberam a permissão para caminharem livremente”, disse. “Outros, que tinham que ficar fortemente medicados, começaram a ter as suas medicações reduzidas. E aqueles, que não tinham jamais qualquer possibilidade de serem libertados, receberam alta”.
“Não foi somente isso”, continuou, “até o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. O absenteísmo e as mudanças de pessoal desapareceram. Terminamos com mais funcionários do que necessitávamos porque os pacientes eram libertados e todo o pessoal vinha trabalhar. Hoje, aquele pavilhão do hospital está fechado.”
Foi neste momento que eu tive que fazer a pergunta de um milhão de dólares:
“O que foi que o senhor fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas?”
“Eu simplesmente estava a curar aquela parte de mim que os havia criado”, disse ele.
Muito à frente!!!
Creio que muitos não compreenderão esta história... Outros vão entender perfeitamente!
Uma pista: SOMOS TODOS UM!