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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Mais do que as palavras...

Ver com os próprios olhos.png

Mais do que falar, o silêncio.

Mais do que ouvir palavras, observar ações.

Há alturas em que é melhor falar. Outras em que o silêncio vale ouro. Na realidade o silêncio é mais sábio do que quaiquer palavras...

As palavras e a linguagem são muito limitadas. Estudiosos referem que se perde conteudo entre o pensamento que o emissor cria na sua mente, aquilo que este expressa através da linguagem e aquilo que o receptor ouve, vê ou lê e a sua compreensão da mensagem.

Há muitos filtros que distorcem a mensagem quer da parte do emissor como do receptor. Valores, crenças, hábitos, atitudes, memórias... Tudo isso nós projectamos no que falamos e também naquilo que vemos e ouvimos. E o que é mais grave é que este processo está inconsciente na nossa mente...

A observação pode ser uma ferramenta muito mais fidedigna do comportamento humano. As palavras podem ser ilusórias, mas a linguagem não verbal revela muita informação "oculta" acerca do emissor. Todos nós traímo-nos na linguagem não verbal mesmo as pessoas muito articuladas verbalmente... 

Por isso, nos últimos anos terem surgido mais estudos nesta matéria.

É assim, que chegamos a esta belíssima frase que consta do livro "O Mirdad" e que coloquei na imagem do post de hoje.

Se não a leu bem, volte atrás e volte a lê-la. Ela oferece-nos duas pistas muito sábias:

- 1.º A ver com os próprios olhos se quiserdes ver correctamente. Isto quer dizer evitar ver com os olhos das outras pessoas. Evitar ser manietado pelas outras pessoas. E também pelos tais filtros que nos condicionam. Ter a coragem de pensar pela própria cabeça e em consonância com quem é, mesmo que tal implique uma maior solidão ou impopularidade. ;

- 2.ª Introduz uma refexão disruptiva: ver através dos olhos e não com os olhos, pois há muitas coisas que não são exactamente como as vemos e podemos incorrer no erro da precipitação ou do julgamento fácil do outro. Podemos até projectar-mo-nos no outro...

Isto requer uma capacidade de empatia - o saber colocar-se no lugar do outro. Com a empatia vem também uma capacidade de relativização e de compreensão de que cada um apenas é capaz de dar aquilo que carrega dentro de si. Como na história dos lobos, umas vezes carregamos amor e gentileza e outras raiva e rancor.

Ser rápido a reagir pode ser uma virtude num contexto reativo e competitivo da sociedade em que vivemos nos últimos anos.

Ser mais reflexivo e empático poderão ser as competências desejadas num futuro. 

No presente contexto, um equilibrio entre ambas é desejável. Perante situações de injustiça, falta de respeito, falta de educação é importante reagir com rapidez.

Porém, se estiver perante alguém violento ou descontrolado emocionalmente uma atitude mais tranquila e ponderada é preferível.