A nossa essência - aquilo que não é você!
Acreditamos mais naquilo que está fora de nós do que em nós próprios. E ao fazê-lo abdicamos do nosso poder pessoal. Claro que o que se passa fora de nós importa, mas não deve ser o nosso centro. O nosso centro deve ser interno, ou seja, aquilo que somos na essência...
Quantos de nós já pararam para reflectir verdadeiramente acerca de si mesmo?! O que será que amedronta tanto e nos leva a adiarmo-nos constantemente?
Eu creio que a base está num certo complexo de inferioridade e de desadequação, que nos leva a temer a possibilidade de encontrarmos mais erros, mais más decisões, mais arrependimentos, se explorarmos o que se passa dentro de nós... Esta falta de autoestima tem a origem na família, na escola e nos grupos onde socializámos. Quem vive numa sociedade judaico cristã, como nós, teve por norma uma educação muito moralista, que valorizou mais o "erro" que o sucesso e gerou adultos inseguros e submissos.
Já outros creio por viverem demasiado em piloto automático, presos a rotinas são incapazes de sair da "bolha"... Sofrem de preguiça mental, estão permanentemente cansados e sem energia, porque são incapazes de viver fora da matriz da vida... Vivem reactivamente...
Pergunte-se: quem sou eu?
Silêncio. Reflicta. E evite responder expressando o que sente, ou os papéis sociais que desempenha, ou o que faz profissionalmente... Mais dificil de responder, não acha?!
Que paradoxo da vida moderna! Estamos todos cheios de informações e de conhecimentos (técnicos, científicos...) e vazios de sabedoria.
A base da sabedoria reside num bom autoconhecimento. Esse autoconhecimento servirá de base à descoberta do seu propósito de vida, o qual por sua vez, o auxiliará a definir metas e objectivos para uma vida plena de significado.