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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Não há soluções mágicas?

EU SOU EU SOU, 02.07.20

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Oiço frequentemente críticas à psicologia positiva, sob o argumento de que não serve para nada.

E eu pergunto: e o pensamento negativo serve para quê? Exacto! Se se sentir e pensar negativo acha que terá a energia, a motivação para uma vida realizada e feliz?

Agora se se sentir positivo é por acaso falso, que vai ter mais energia, motivação e alegria? Então porque motivo rejeitar as técnicas e a sabedoria da psicologia positiva se as mesmas nos fornecem meios para nos tornarmos pessoas melhores e vivermos uma vida mais feliz ?!

Vou descrever-vos um dia que tive muito recentemente...

Estavam criadas as circunstâncias para mais um dia péssimo… Mas não foi nada disso! Antes pelo contrário!

Na véspera imensos gatilhos desencadearam a ansiedade e a irritabilidade… Quase sem me aperceber, estava a entrar em modo de piloto automático…

Quando me deitei julguei que iria ter dificuldades em adormecer e em dormir mas… Mais isso não aconteceu! No outro dia acordei muito cedo… bem mais cedo que o habitual e notei perfeitamente que não iria conseguir adormecer novamente. Por isso, levantei-me, bebi o meu copo de água e sentei-me à mesa com um dos meus cadernos.

Sou uma pessoa que adora escrever e tenho vários cadernos. Neste caderno faço vários exercícios que se destinam a elevar a minha vibração como: escrever as minhas crenças potenciadoras, a lista das minhas grandes conquistas na vida até ao momento e... as coisas de que eu mais gosto! Nesta última listagem costumo selecionar uma das coisas que mais amo e por debaixo escrevo: porquê que isso é importante para mim, como me faz sentir, que alegrias me proporcionou...

Após ter revisto estes exercícios,  de repente, notei que estava a sentir -me substâncialmente melhor... Mais animada e com mais energia!

Continuei a minha rotina habitual... E fui para o trabalho muito mais serena, alegre e energética do que alguma vez julgaria ser possível!

Para mim, pessoalmente, esta situação do quotidiano veio comprovar que é mesmo possível transmutar as emoções através do pensamento positivo!

Assim, sempre que oiço pessoas a desvalorizarem a importância e eficácia do pensamento positivo e dos livros de auto-ajuda, quero realçar que no meu caso pessoal me tem ajudado e muito! E sei comprovadamente que o mesmo aconteceu a muitas outras pessoas.

Lamento se isso me faz parecer louca aos olhos de algumas pessoas! Maior loucura é viver dominado pelas próprias emoções e sentir-se sem qualquer poder pessoal! Viver deprimido ou dominado pela ansiedade e nada fazer para sair desse buraco! Loucura é viver manietado pelos outros e vejo tanta gente a viver desse modo e ninguém lhes chama de loucos!

Acredito que estes exercícios não resultem com todos! Comigo também experimento vários e conecto-me mais com uns do que com outros.

Agora acho que muitas pessoas criticam sem nem sequer tentarem... Creio que tem medo de si próprias... Tem medo das suas próprias sombras...

É pena pois aqui pode mesmo estar a solução mágica que muitos procuram... Só que esta magia não ocorre num estalar de dedos e já está! Requer foco, trabalho diário e muita tolerância e amor próprio.

Para a magia ocorrer deverá cuidar de si próprio todos os dias da sua vida... E estar atento ao seu GPS emocional pois só ele lhe dará a noção para que direção está a caminhar.

 Está à espera do quê?!

Uma história real de vida...

EU SOU EU SOU, 31.03.20

A 8 de Outubro de 1926, em Los Angeles, Califórnia,  EUA, nasceu uma menina como tantas outras.

Quando tinha apenas 18 meses os pais desta menina divorciaram-se e a mãe vendo-se sózinha teve de ir trabalhar deixando-a aos cuidados de uma família. Reza a história que a menina não parou de chorar durante 3 semanas obrigando a mãe a deixar o emprego como doméstica interna, para cuidar dela.

Uns tempos depois a sua mãe casou novamente sem que ela nunca soubesse se fora por amor ou apenas para assegurar um suporte financeiro. Infelizmente, não foi uma união muito feliz pois o padrasto provinha de uma família alemã muito austera e brutal. A mãe dela voltou a engravidar e teve outra menina que nasceu pouco depois da Grande Depressão de 1930.

Era um ambiente familiar onde reinava a violência.

Com apenas 5 anos a menina da nossa história foi violada por um vizinho que diziam ser louco. O homem foi levado a tribunal e condenado a quinze anos de prisão e ela viveu anos apavorada que ele a procurasse para se vingar...

A maior parte da sua infãncia foi então passada a suportar abusos sexuais e físicos e muito trabalho forçado. Começou então a sofrer de falta de autoestima.

Com quinze anos fugiu de casa e da escola encontrando um trabalho num restaurante. Teve relações esporádicas com vários homens e com dezasseis anos deu à luz uma menina. Como não tinha nem condições financeiras nem mentais para a criar deu a criança para adopção a um casal sem filhos. Partiu quando a criança tinha cinco dias e nunca mais a voltou a ver até ao fim dos seus dias.

Voltou à casa onde a mãe vivia com o padrasto e ofereceu-lhe a oportunidade de fugir com ela. Ela aceitou. Porém, a irmã de dez anos ficou com o pai o qual a tratava muito bem.

Ajudou a mãe a encontrar um trabalho e um local onde viver condignamente e partiu para Chicago com uma amiga.

 Depois de vários anos a fazer biscates em Chicago seguiu para Nova York onde se tornou modelo de alta costura. Aí conheceu um inglês muito correcto e elegante e chegaram mesmo a jantar na Casa Branca.

Após 14 anos de casamento o marido anunciou-lhe que pretendia casar-se com outra. Foi um rude golpe.

Certo dia de primavera, um numerologista disse-lhe que a sua vida iria mudar no outono, após um determinado acontecimento.

Foi a um encontro da Church of Religious Science em Nova York e de repente a sede por aprender nunca mais acabava... Estudou meditação transcendental, frequentou a universidade com empenho e estudou metafísica. Escreveu o seu primeiro de muitos livros "A Saúde de A a Z" e começou aos poucos a divulgar como certas causas metafísicas podem estar na origem de diversas doenças físicas.

Certo dia, diagnosticaram-lhe um cancro vaginal. Não ficou surpreendida que a doença se manifestasse aí, dados os seus antecedentes com violações.

Não aceitando a palavra incurável, empenhou-se em cuidar de si mesma. Achou  que se a mente lhe tinha criado um cancro também o podia curar e evitar uma operação. Durante seis meses parou com a sua atividade profissional e pesquisou vários métodos alternativos que a ajudassem no processo de cura: produtos naturais, reflexologia, eliminou as comidas de plástico e passou a comer comida vegetariana, três lavagens ao cólon por semana e recorreu a um terapeuta para aprender a gerir a raiva  recalcada e o ressentimento batendo em almofadas e gritando com raiva. Isso aliviou-a muito. Começou também a trabalhar em afirmações positivas constantando que as mesmas eram extremamente poderosas na elevação do seu estado de espirito.

Seis meses depois e não tinha qualquer vestígio de cancro! Vencera mais uma batalha!

Regressou a Califórnia com o seu livro "A Saúde de A a Z" e começou a frequentar grupos New Age que por lá proliferavam.

Certo dia, a irmã ligou-lhe para lhe comunicar que a mãe agora com 90 anos cegara e era quase surda, e tinha caído e partido a coluna. Este evento permitiu-lhe apaziguar-se com a mãe e a irmã. Levou a mãe para a sua casa e encontrou uma pessoa para cuidar dela enquanto ela investia na divulgação do seu trabalho. A mãe recuperou mobilidade, tendo posteriomente falecido em 1985.

Na década de 80 a SIDA foi revelada ao mundo. Foi o pânico e a estigmatização dos homossexuais.

Ela criou um grupo de autoajuda onde dava palestras motivacionais, ouvia as pessoas doentes e dava aconselhamento e partilhava informação. Chegou a reunir 400 e até 600 pessoas de cada vez. O Hayride Support Group ainda existe em West Hollywood.

Ela era... Louise L. Hay! A maior escritora motivacional e de livros de autoajuda até aos dias de hoje. Morreu em 2017 com 91 anos, durante o sono. (Adaptação livre da sua história de vida escrita pela própria em "Pode Curar a Sua Vida").

Admito a minha resistência durante diversos anos em ler os seus livros por ter uma imagem demasiadamente comercial, o que me desagradava. Fiz o meu percurso com outros autores que também muito prezo.

E assim foi até ao dia em que li o "O Poder está dentro de Si" e fiquei rendida à simplicidade da sua linguagem e à sua capacidade de transmitir tranquilidade, amor e compaixão. Só coisas boas, portanto.

Louise Hay teve uma vida com muito sofrimento e dor, e também, de alguma solidão e falta daquele carinho familiar tão importante para nos tornarmos pessoas equilibradas e saudáveis.  Com aqueles ingredientes teria sido fácil ter seguido o caminho da marginalidade...

Teve uma vida bonita.

Tenha você também!

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