A força que atribuímos às palavras
Certo dia, um caçador perdeu-se na floresta. Às tantas chegou frente a uma propriedade privada, mas teve medo de entrar pois no portão havia uma placa que dizia: CUIDADO COM OS CÃES PERIGOSOS. Porém, como estava a cair a noite e a floresta estava cheia de animais selvagens decidiu que era melhor enfrentar os cães do que ser comido por animais selvagens.
Apesar de exausto alimentava a esperança de que se havia cães deveria existir alguém - o dono dos cães, o dono da terra, o homem que tinha colocado aquelas placas.
Entrou a medo e pensou que não tinha mesmo alternativa. Andou uns metros e encontrou outra placa ainda maior: CUIDADO COM OS CÃES PERIGOSOS. Sentiu um aperto no coração mas não podia voltar atrás. Tinha de continuar.
Foi então que chegou a um local onde viu um pequeno cão. Mesmo muito pequeno diante da casa de campo do proprietário. O cão era tão pequeno que podia ser agarrado pelas patas e atirado uns noventa metros.
O caçador estava muito intrigado! Foi então que apareceu o dono à porta, por isso ele perguntou-lhe:
- Onde estão os cães grandes e perigosos?
- Em lado algum - disse ele.- Este é o meu único cão.
- Esse cão consegue impedir que as pessoas entrem? - perguntou o caçador.
- Não, mas as placas conseguem - respondeu o homem. - O senhor foi a primeira pessoa que entrou aqui em muitos anos. Mesmo que não haja qualquer cão, aquelas placas chegam.
Adaptado de Osho - Inocência, Conhecimento e deslumbramento.
Incrível a importância que damos às palavras...
Eu gosto de observar ações...