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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Certo e errado

EU SOU EU SOU, 02.03.22

Nunca pergunte a alguém o que é certo e o que é errado. A vida é uma experiência para descobrir o que é certo e o que é o errado. Às vezes você fará o errado, mas isso lhe proporcionará a experiência, isso o deixará consciente do que precisa ser evitado. Às vezes você fará algo bom e será imensamente beneficiado. As recompensas não estão além desta vida, no céu ou no inferno. Elas estão aqui e agora.

Cada ação traz imediatamente o seu resultado. Simplesmente esteja alerta e observe. Pessoas maduras são aquelas que observam e descobrem em si mesmas o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim. E, pelo fato de descobrirem por si mesmas, elas têm uma imensa autoridade. O mundo inteiro pode dizer uma outra coisa, e isso não faz diferença para elas. Elas têm suas próprias experiências para se orientarem, e isso é suficiente.

Osho - Todos os dias - pág.30

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Frases de Osho

EU SOU EU SOU, 20.01.22

Um autor que eu aprecio imenso é justamente Osho.

Lê-lo é para mim um enorme prazer porque me inspira, porque me auxilia a conhecer melhor as minhas sombras, porque é de uma profundidade e crueza tremenda e eu revejo-me nessa forma de olhar a vida... sem "pílulas douradas", sem eufemismos e sem fifis e pipipis.

Ao ler Osho caem-me sempre imensas "fichas", por isso, avanço na leitura lentamente... Para digerir ideias, palavras... para as integrar na minha razão e sobretudo no meu coração!

Com Osho sinto-me mais reconectada interiormente e à FONTE DIVINA e a todos nós humanos (centelhas divinas) que por estes dias andamos tão perdidos e tristes...

Vou a partir de hoje e até ao meu aniversário partilhar regularmente frases maravilhosamente profundas dele.

Espero que apreciem e vos inspirem igualmente!

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Tauuuu! Brutal assim!

Andamos tão entretidos na vida com tudo e com nada, que tantas vezes nos esquecemos como é VIVER A VIDA!

Andar no corre-corre do casa-trabalho, não é viver a vida!

Andar triste, sentir-se só, não é viver a vida!

Viver para agradar aos outros ao ponto de não saber quem é, o que o apaixona na vida, e o seu próprio valor, não é viver a vida!

Viver cheio de medo, disto e daquilo e daqueloutro, não é viver a vida!

Abdicar de tudo o que gosta, lhe faz sentir feliz, não é viver a vida!

Se andas assim e tens medo de morrer! Desculpa, mas se calhar já morreste e nem te apercebeste!

 

Ser grato num contexto de insegurança...

EU SOU EU SOU, 21.04.20

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Nos tempos mais recentes da história da humanidade nunca se falou tanto globalmente de insegurança como no presente contexto covid 19. No entanto, em verdade sempre vivemos na insegurança e esta situação da pandemia apenas nos veio evidenciar isso.

O ser humano sempre quiz saber qual o sentido da sua existência e tal preocupação decorre do fato de ser o único ser na terra com a consciência da sua própria mortalidade. Foi na sequência desta insegurança que surgiu a teologia para tentar criar consolo, segurança e conforto - através de uma certa noção de Deus como um pai que vai cuidar de si e vai decidir tudo. Foi também nesta sequência que surgiu a ciência para fornecer ao homem a noção pragmática de que lhe fornecerá todas as respostas e desmistificará tudo. Logo você não precisa de se preocupar pois a ciência vai descobrir todos os mistérios. A própria filosofia também se propôs desmistificar a existência...

Só que "nenhum esforço do homem pode desmistificar a existência (...) Da mais pequena pedra na praia a todo o universo, tudo é tão misterioso que não há possibilidade de o conhecer." - Osho-  "Inocência, conhecimento e deslumbramento".

É preciso coragem para aceitar a insegurança e para a festejar.

Dizemos que a história se repete, e isso é verdade porque a generalidade das pessoas vive robóticamente e rotineiramente. Se aceitarmos a insegurança da vida e também o facto de não termos o conhecimento de tudo, estaremos mais próximos de uma existência mais iluminada.

A insegurança da vida é o que faz com que cada dia seja diferente, mesmo com as nossas rotinas estabelecidas... Isso é o sal e o açucar da vida. Já viu como seria a sua vida se todos os dias fossem exactamente iguais? Seguros e repetidos incessantemente? Mais ou menos o que estamos a vivenciar com o confinamento e isolamento social... Falta qualquer coisa...

Há vários filmes que retrataram esta possibilidade da repetição dos dias, e há um em particular que venho aqui comentar : O Feitiço do Tempo, da Columbia Pictures, com Bill Murray e Andy MacDowell. Este é o seu enredo:

Nevou durante uma viagem a Punxsutawney, Pensilvânia, para cobrir as festividades do Dia da Marmota. O  metereologista Phil Connors (Bill Murray) vê-se preso no tempo, repetindo intermináveis vezes o dia 2 de fevereiro. O seu mundo é habitado pelas mesmas pessoas todos os dias, mas eles não sabem que o dia está  a  repetir-se. Isso dá-lhe uma certa vantagem. Ele pode descobrir o que uma mulher procura num homem, e então no "próximo" dia comportar -se exatamente do jeito certo para impressioná-la. Felizmente, há uma mulher por perto para praticar. Ela é Rita (Andy MacDowell), produtora de Phil, que tem de aguentar  os seus ataques, exigências e mau humor. Pouco a pouco Phil consegue ver os seus erros e melhorar o seu comportamento até que, finalmente, o Dia da Marmota amanhece quando ela realmente gosta dele

Este filme é mesmo interessante e divertido pois evidência bem como seria mónotono reviver conscientemente o mesmo dia incessantemente. Para os restantes personagens que não tem essa consciência não existe esse sentimento de monotonia, mas para a personagem principal não é assim. E o que o que causa a repetição incessante do mesmo dia? O fato do protagonista cometer diversos erros que impedem que a protagonista se interesse amorosamente por ele. Erros do EGO, lá está. Só quando ele abandona o seu carácter egóico e apaixona-se verdadeiramente por ela e é correspondido, o dia deixa de se repetir!

Assim é com cada um de nós! Repetimos incessantemente o mesmo tipo de erro, e quando aprendemos a lição subjacente, surge outro desafio ou aspecto da vida a requerer a nossa atenção! E assim avançamos, passo a passo, pedra entre pedra...

Reportando-nos ao contexto atual, creio estar certa quando digo que ninguém no seu pleno juízo quererá esta doença - neste caso pela forma de um vírus. Isto não é fantástico!

Porém, esta pandemia veio dar-nos uma possibilidade de reflectir acerca destas questões e de nos fazer redefinir prioridades e pode ensinar-nos, se tivermos abertura para tal, a valorizar tanta coisa que antes não davamos grande valor...

Como hoje comentava com uma amiga, é absurdo viver em pânico e totalmente subjugado pelos acontecimentos. Mas também é igualmente negativo, ser um inconsequente e não medir os perigos. Entre estes dois extremos deve existir um meio termo...

Tenha presente isto: a insegurança é um fato da vida, exista ou não pandemia. Assim, aprenda a desfrutar mais da vida, aprenda a reflectir e a pensar pela sua própria cabeça e não vá na onda das massas.

"É uma grande benção que a vida seja insegura, que o amor seja inseguro e que estejamos fundamentalmente num estado de desconhecimento. Nós podemos ser como crianças  - Apanhar borboletas, conchas na praia ou pedrinhas coloridas como se fossem diamantes e desfrutar tudo isso". Osho - "Inocência, conhecimento e deslumbramento".