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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Aprender com os erros

EU SOU EU SOU, 24.06.20

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O mestre, conduz o seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade, enquanto o seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.

O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar o seu mestre.

Depois de uma longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.

-Você não me ensinou nada hoje- diz o aprendiz, ao tropeçar mais uma vez.

-Ensinei sim, mas parece que você não aprende – respondeu o mestre – estou a tentar ensinar-te como se lida com os erros da vida.

-E como lidar com eles?

– Como deverias lidar com os teus tombos- respondeu o mestre- Em vez de ficares a amaldiçoar o lugar onde caiste, deverias procurar aquilo que te fez escorregar.

Assim devemos de proceder na nossa vida. Ao invés de nos culparmos ou aos outros pelos nossos problemas ou de nos irritarmos, devemos de tentar perceber porquê que eles surgiram nas nossas vidas, o que nos podem ensinar, qual a qualidade das nossas decisões e como podemos melhorar a nossa experiência.

Uma história... Como se escreve

EU SOU EU SOU, 26.03.20

Como se Escreve…

Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Com a ideia de escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu da sua mesinha e foi até à mesa da professora e disse:

– Professora, como é que se escreve…? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.

Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.

A sua mãe estava a preparar o jantar, indo e vindo do fogão para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse.

– Mãe, como é que se escreve…?

– Joey não dá para ver que estou ocupada agora? Vai brincar lá fora. E não batas a porta, foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e guardou-o no bolso.

Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse .

– Pai, como é que se escreve…?

– Joey, estou a ler o jornal e não quero ser interrompido. Vai brincar lá para fora. E não batas a porta. O garoto dobrou o desenho e guardou-o no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedra, um pedaço de cordão e duas bolinhas. Todos os tesouros que ele encontrou enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.

Os anos passaram…

Quando Joey tinha 28 anos, a sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse.

– Este aqui é você, pai! A garota também riu. O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.

Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou.

– Pai, como é que se escreve amor? Ele abraçou a filha, pegou a sua mãozinha e foi conduzindo-a, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: amor, querida, amor escreve-se com as letras T…E…M…P…O (TEMPO).

Conjugue o verbo amar sempre. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não se esqueça que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem os ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.

Não espere que o seu filho tenha que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.

Por fim, lembre-se: se você não tiver tempo para amar, crie tempo para isso.

Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo…bom, o tempo é uma questão de escolha.

 

Fonte: site reflectirparareflectir

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