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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

O que é a verdade?

EU SOU EU SOU, 07.04.20

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Na realidade é mais fácil dizer aquilo que não é... do que defini-la. Definir algo significa restringi-lo, delimitá-lo e apreendê-lo mentalmente. A verdade é absoluta, logo indefinivel. A verdade é mistério porque não entra naquilo que estamos habituados na sociedade globalizada ocidental.

A verdade não é conhecimento. O conhecimento é limitado no espaço e no tempo - é relativo. A verdade é intemporal.

A verdade pode ser experienciada...uma experiência não é uma definição.

A verdade não pode ser dita - uma vez dita deixa de ser verdade, porque as palavras e a comunicação tem muitas limitações e são incapazes de a abranger na sua profundidade...

Por isso, o silêncio vale ouro. No silêncio e na presença do agora podemos estar conectados com a verdade.

A verdade é apreendida pelo coração e não pela mente. A mente tem demasiado ruído para a apreender: crenças, valores, hábitos, diálogo interno, cultura...

A história consiste em factos mas não é a Verdade - é sim um conjunto de factos colectados por alguém. 

Já a mitologia, as parábolas e as lendas "é um dedo a apontar para a lua", segundo Osho. A mitologia é poética pois apenas a poesia permite vislumbres do desconhecido.

Aquilo que vê à sua volta são factos mas se olhar para as coisas com um olhar meditativo deixará de ver coisas mónotonas, sem vida e aborrecidas e passará a ver como tudo é manifestação do Criador. 

A verdade remete-nos para a nossa ligação à humanidade e ao universo como um TODO.

A verdade é absoluta.

O Amor é absoluto.

A Compaixão é absoluta.

O Perdão é absoluto.

A Solidariedade desinteressada é absoluta.

A Criatividade humana é absoluta.

No presente contexto em que vivemos, precisamos de estar mais ligados à verdade. Simplesmente apostarmos mais no SER do que no TER. Foi a aposta no TER que nos terá levado ao estado actual...

Para uma nova sociedade, um novo planeta precisamos de reformular muitas coisas, desaprender muitos hábitos e teorias...

Gente anónima... cidadão comum!

EU SOU EU SOU, 01.04.20

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A História da humanidade faz-se de grandes Homens e do cidadão comum.

Grandes políticos, empresários, desportistas, artistas, actores, cientistas, escritores, líderes, filósofos... Deixaram importante legado à humanidade que em muitos casos se traduziu em conhecimento - e mais ainda - em sabedoria. 

Sem o contributo de Platão, Sócrates, Aristóteles, Hermes Trimegistus, Da Vinci, Tesla, Jesus Cristo, Buda, Lao Tsé Tung, Einstein e tantos outros mais, seríamos mais pobres. As suas mentes brilhantes, as suas descobertas e ensinamentos foram fundamentais para o progresso social, económico, tecnológico e cultural que conhecemos hoje na humanidade.

Porém, muito desse saber ter-se-ía perdido no tempo se não fosse a intervenção de muitos cidadãos anónimos que guardaram essas preciosidades e permitiram que as mesmas chegassem hoje ao nosso conhecimento.

É preciso perceber que o percurso da humanidade não tem sido linear. De tempos em tempos a destruição causada  por epidemias, crises económicas, guerras, e a inquisição ameaçaram esse legado. Valeu a intervenção dessa gente anónima, amante do saber, permitindo-nos que hoje-em-dia possamos estudá-los, revisitá-los e apreciá-los na sua intemporalidade e beleza. E também retirando os seus ensinamentos tão necessários para o nosso progresso individual e colectivo.

Uma sociedade sem história e sem memória, seria uma sociedade sem evolução possível. Estariamos sempre a recomeçar do zero e a perder essas pérolas de sabedoria incessantemente...

Somos todos especiais, únicos e temos todos um papel muito importante, independentemente, dos papéis profissionais ou sociais que representamos na vida.

Se estivermos autoconscientes, responsáveis, agradecidos pelo que temos, solidários com os nossos semelhantes, poderemos expandir ainda mais o nosso ser. Refiro-me a impactar positivamente mais pessoas pela alegria de ajudar (Eu Superior) e não pela popularidade que isso lhe vai trazer (EGO).

Lembre-se: comece dentro de si. As respostas estão em si mesmo e não nas circunstâncias que o rodeiam.

E apesar de estarmos a atravessar uma fase tão delicada quanto esta onde muitas pessoas irão necessitar de apoio médico, económico e psicológico, agradeça pelo que tem e pense em formas de auxiliar quem mais necessita.

Esteja na vida para DAR, sem esperar nada em troca. E não lhe faltará nada...

Reflicta se no seu percurso de vida esteve mais à espera de receber, e se deu proporcionalmente...

Uma história real de vida...

EU SOU EU SOU, 31.03.20

A 8 de Outubro de 1926, em Los Angeles, Califórnia,  EUA, nasceu uma menina como tantas outras.

Quando tinha apenas 18 meses os pais desta menina divorciaram-se e a mãe vendo-se sózinha teve de ir trabalhar deixando-a aos cuidados de uma família. Reza a história que a menina não parou de chorar durante 3 semanas obrigando a mãe a deixar o emprego como doméstica interna, para cuidar dela.

Uns tempos depois a sua mãe casou novamente sem que ela nunca soubesse se fora por amor ou apenas para assegurar um suporte financeiro. Infelizmente, não foi uma união muito feliz pois o padrasto provinha de uma família alemã muito austera e brutal. A mãe dela voltou a engravidar e teve outra menina que nasceu pouco depois da Grande Depressão de 1930.

Era um ambiente familiar onde reinava a violência.

Com apenas 5 anos a menina da nossa história foi violada por um vizinho que diziam ser louco. O homem foi levado a tribunal e condenado a quinze anos de prisão e ela viveu anos apavorada que ele a procurasse para se vingar...

A maior parte da sua infãncia foi então passada a suportar abusos sexuais e físicos e muito trabalho forçado. Começou então a sofrer de falta de autoestima.

Com quinze anos fugiu de casa e da escola encontrando um trabalho num restaurante. Teve relações esporádicas com vários homens e com dezasseis anos deu à luz uma menina. Como não tinha nem condições financeiras nem mentais para a criar deu a criança para adopção a um casal sem filhos. Partiu quando a criança tinha cinco dias e nunca mais a voltou a ver até ao fim dos seus dias.

Voltou à casa onde a mãe vivia com o padrasto e ofereceu-lhe a oportunidade de fugir com ela. Ela aceitou. Porém, a irmã de dez anos ficou com o pai o qual a tratava muito bem.

Ajudou a mãe a encontrar um trabalho e um local onde viver condignamente e partiu para Chicago com uma amiga.

 Depois de vários anos a fazer biscates em Chicago seguiu para Nova York onde se tornou modelo de alta costura. Aí conheceu um inglês muito correcto e elegante e chegaram mesmo a jantar na Casa Branca.

Após 14 anos de casamento o marido anunciou-lhe que pretendia casar-se com outra. Foi um rude golpe.

Certo dia de primavera, um numerologista disse-lhe que a sua vida iria mudar no outono, após um determinado acontecimento.

Foi a um encontro da Church of Religious Science em Nova York e de repente a sede por aprender nunca mais acabava... Estudou meditação transcendental, frequentou a universidade com empenho e estudou metafísica. Escreveu o seu primeiro de muitos livros "A Saúde de A a Z" e começou aos poucos a divulgar como certas causas metafísicas podem estar na origem de diversas doenças físicas.

Certo dia, diagnosticaram-lhe um cancro vaginal. Não ficou surpreendida que a doença se manifestasse aí, dados os seus antecedentes com violações.

Não aceitando a palavra incurável, empenhou-se em cuidar de si mesma. Achou  que se a mente lhe tinha criado um cancro também o podia curar e evitar uma operação. Durante seis meses parou com a sua atividade profissional e pesquisou vários métodos alternativos que a ajudassem no processo de cura: produtos naturais, reflexologia, eliminou as comidas de plástico e passou a comer comida vegetariana, três lavagens ao cólon por semana e recorreu a um terapeuta para aprender a gerir a raiva  recalcada e o ressentimento batendo em almofadas e gritando com raiva. Isso aliviou-a muito. Começou também a trabalhar em afirmações positivas constantando que as mesmas eram extremamente poderosas na elevação do seu estado de espirito.

Seis meses depois e não tinha qualquer vestígio de cancro! Vencera mais uma batalha!

Regressou a Califórnia com o seu livro "A Saúde de A a Z" e começou a frequentar grupos New Age que por lá proliferavam.

Certo dia, a irmã ligou-lhe para lhe comunicar que a mãe agora com 90 anos cegara e era quase surda, e tinha caído e partido a coluna. Este evento permitiu-lhe apaziguar-se com a mãe e a irmã. Levou a mãe para a sua casa e encontrou uma pessoa para cuidar dela enquanto ela investia na divulgação do seu trabalho. A mãe recuperou mobilidade, tendo posteriomente falecido em 1985.

Na década de 80 a SIDA foi revelada ao mundo. Foi o pânico e a estigmatização dos homossexuais.

Ela criou um grupo de autoajuda onde dava palestras motivacionais, ouvia as pessoas doentes e dava aconselhamento e partilhava informação. Chegou a reunir 400 e até 600 pessoas de cada vez. O Hayride Support Group ainda existe em West Hollywood.

Ela era... Louise L. Hay! A maior escritora motivacional e de livros de autoajuda até aos dias de hoje. Morreu em 2017 com 91 anos, durante o sono. (Adaptação livre da sua história de vida escrita pela própria em "Pode Curar a Sua Vida").

Admito a minha resistência durante diversos anos em ler os seus livros por ter uma imagem demasiadamente comercial, o que me desagradava. Fiz o meu percurso com outros autores que também muito prezo.

E assim foi até ao dia em que li o "O Poder está dentro de Si" e fiquei rendida à simplicidade da sua linguagem e à sua capacidade de transmitir tranquilidade, amor e compaixão. Só coisas boas, portanto.

Louise Hay teve uma vida com muito sofrimento e dor, e também, de alguma solidão e falta daquele carinho familiar tão importante para nos tornarmos pessoas equilibradas e saudáveis.  Com aqueles ingredientes teria sido fácil ter seguido o caminho da marginalidade...

Teve uma vida bonita.

Tenha você também!

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Uma história... Como se escreve

EU SOU EU SOU, 26.03.20

Como se Escreve…

Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Com a ideia de escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu da sua mesinha e foi até à mesa da professora e disse:

– Professora, como é que se escreve…? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.

Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.

A sua mãe estava a preparar o jantar, indo e vindo do fogão para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse.

– Mãe, como é que se escreve…?

– Joey não dá para ver que estou ocupada agora? Vai brincar lá fora. E não batas a porta, foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e guardou-o no bolso.

Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse .

– Pai, como é que se escreve…?

– Joey, estou a ler o jornal e não quero ser interrompido. Vai brincar lá para fora. E não batas a porta. O garoto dobrou o desenho e guardou-o no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedra, um pedaço de cordão e duas bolinhas. Todos os tesouros que ele encontrou enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.

Os anos passaram…

Quando Joey tinha 28 anos, a sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse.

– Este aqui é você, pai! A garota também riu. O pai olhou para o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.

Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou.

– Pai, como é que se escreve amor? Ele abraçou a filha, pegou a sua mãozinha e foi conduzindo-a, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: amor, querida, amor escreve-se com as letras T…E…M…P…O (TEMPO).

Conjugue o verbo amar sempre. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não se esqueça que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem os ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.

Não espere que o seu filho tenha que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.

Por fim, lembre-se: se você não tiver tempo para amar, crie tempo para isso.

Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo…bom, o tempo é uma questão de escolha.

 

Fonte: site reflectirparareflectir

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