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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Ser desapegado implica não ter desejos ou sonhos?

EU SOU EU SOU, 09.06.20

 

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Todas as religiões e movimentos espiritualistas de inspiração budista ou taoista, falam da importância de desapegar como meio de atingir a iluminação e a verdadeira felicidade. 

Também no desenvolvimento pessoal se fala da importância de desapegar para que a nossa vida avance e nos libertemos de crenças limitadoras.

No entanto, Buda e outros lideres espirituais tentaram alcançar a iluminação expulsando todos os desejos, jejuando, auto-flagelando-se... e não deu certo! Chegaram à iluminação por outro caminho...

Ser desapegado implica então não ter desejos ou sonhos? Como conciliar a necessidade de desapegar com os nossos desejos?

De facto, o apego a ideias, a pessoas, a coisas (materialismo) pode, se levado ao extremo, escravizar o nosso pensamento. Isto acontece somente se pensar obsessivamente em algo, e ao pensar nisso se sente frustrado por não ter isso na sua vida.

Saiba que assim está na realidade a afastar o seu desejo de si! Isto significa que esse sentimento de carência não é o cenário propício para atrair o seu objecto de desejo. Como refere a lei da atração, só o pensamento positivo aliado ao sentimento positivo cria um estado de recursos que o levará à concretização do que sonha. Se tem um desejo profundo imagine como seria excelente atingi-lo. Imagine! O que iria sentir? O que iria pensar? A quem iria contar? 

Por outro lado, se se sentir deprimido, frustrado e triste dificilmente terá energia e entusiamo para levar a cabo o que é necessário para chegar onde sonha chegar! É o caminho e não a meta que torna tudo tão especial quando alcançamos um sonho! Num contexto de apego, em que a pessoa faz a sua felicidade pessoal depender da posse de algo ninguém consegue ser grato! É neste ponto que se torna importante desapegar. Se isso acontece consigo tente pensar noutras coisas...

Agora se você é uma pessoa grata pela vida que já tem e sonha em ter algo (casa, carro, viagem, mais saúde, mais sabedoria...) isso é absolutamente saudável. É muito bom sonhar que está a acançar o seu objectivo... 

Como vimos, ser desapegado significa largar... Quando ficamos obsecados por algo, parece que o objecto da nossa atenção passa a possuir-nos ao invés do contrário!

Se devemos desapegar está então errado desejar ou sonhar com algo?

Bom, sem foco ou metas, ninguém sai do ponto onde está. Tente é não ficar obcecado com isso! Relaxe! Aproveite e disfrute do que já tem na vida! Se vier mais excelente! Se não vier o que esperava mas outras coisas positivas se manifestarem, aceite-as com gratidão no seu coração.

Nós precisamos de ter metas e sonhos para evoluirmos e se as usarmos como incentivo ou motivação para a ação, pode ser excelente para o nosso crescimento pessoal.

 

Confiar no fluxo - parte 1

EU SOU EU SOU, 04.05.20

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Quando eu tinha à volta de 12 ou 13 anos quase morri afogada no mar. Estava com crianças amigas e familiares a brincar junto à rebentação do mar, e lembro-me de pensar que eu tinha muito equilibrio e resistia bem à rebentação do mar...

De repente, uma onda mais forte puxou-me para dentro (anos mais tarde descobri que estavamos numa zona perigosa designada de agueiro). Quanto vim à tona para respirar umas vezes, pensei: "Deixa-me ver se tenho pé!" - e foi então que vi que não tinha! E engoli mais água e entrei em desespero! Era problemático pois eu ainda não sabia nadar mais que duas ou três braçadas, que aprendi com outras crianças da praia...

Logo outro pensamento me ocorreu: "Sabes boiar! Então boia, grita e acena a pedir socorro!". Foi o que tentei fazer, porém eu estava longe e o ruído do mar abafava os meus gritos. Espreitava lateralmente e vi claramente que ninguém dava pela minha falta e ninguém me ouvia...

Senti o pânico percorrer o meu corpo novamente... Naquele tempo era muito frequente a morte por afogamento e eu já tinha presenciado várias...

Então, senti como se algo ou alguém me acompanhasse naquele momento e me sussurasse ao ouvido: "Tem calma. Vai dando aos braços e pernas de costas e tenta voltar para o areal". Senti de imediato uma grande calma. E foi o que eu fiz.

Após um período de tempo que me pareceu uma eternidade, encaminhei-me lentamente mas consistententemente para o areal, um pouco distante das restantes pessoas que me tinham acompanhado. Fiz diversas paragens pelo meio para descansar e fui retomando aproveitando correntes... Quando cheguei ao ponto que já tinha pé, senti-me instantâneamente aliviada. Sabia que estava salva!

Não tive a coragem de contar aos outros todos os pormenores desta minha experiência, com receio que me achassem louca mas tive a certeza que naquele momento algo ou alguém me acompanhava... Ao longo da vida tive muitas outras experiências similares.

De todas retirei duas importantes lições relacionadas com: confiar no fluxo, e que venho aqui partilhar convosco:

- Quando estamos a atravessar uma situação dificil e entramos em desespero, perdemos o controlo e, como relatei-vos na minha experiência de quase afogamento, o pior cenário pode mesmo acontecer. Nesses momentos é fundamental ter a noção de que tudo passa e se optarmos por acreditarmos que temos em nós teremos os recursos necessários para ultrapassarmos a situação (nesta experiência que vos contei eu não sabia nadar, mas sabia boiar e optei por acreditar que isso me bastaria para me salvar de morrer afogada, ao invés de ter cedido ao pânico da situação).

- Este evento veio demonstrar que eu deveria apostar em aprender a nadar e que não sou mais forte que o mar - uma força a respeitar. Assim, no final desse verão eu contei o sucedido a uma tia , a qual me impulsionou a aprender a nadar, a praticar, praticar, praticar e a adquirir uma melhor forma física. Nunca mais apanhei sustos assim tão marcantes no mar. Ou seja, esta experiência veio evidenciar o que em mim estava a necessitar de ser trabalhado ou melhorado.

E assim é na vida. Em todas as experiências há a descoberta de mais facetas em nós e uma oportunidade de progredirmos nas nossas aprendizagens.

Que o atual momento nos traga maior autoconhecimento e expansão.

 

 

Estar do lado da solução e não do lado do problema

EU SOU EU SOU, 22.03.20

Estamos todos a fazer o melhor que conseguimos com a informação e conhecimentos que temos! Se quer fazer melhor, se acha que tem margem para melhorar-se a si mesmo, à sua rotina de vida, à sua qualidade de vida e de relacionamentos, então este texto é para si!

Começamos por uma premissa  muito importante, que estamos constantemente a esquecer: a nossa realidade é criada a partir do nosso nível vibracional! Assim, se vibrarmos medo, revolta, culpa, tristeza e raiva, já sabem que vamos encontrar mais motivos para sentirmos esses sentimentos negativos. Ora, o inverso também é verdadeiro. Se vibrarmos coragem, fé e esperança, amor, perdão, gratidão e alegria também criaramos uma realidade mais positiva e com propósito.

E isso aplica-se a cada um de nós individualmente e também colectivamente. Carl Jung psicólogo suiço, falava do inconsciente colectivo ou seja, a camada profunda da psique que cada geração compartilha como um todo (congrega todos os sonhos, pesadelos, mitos e simbologia independentemente das diferenças culturais). É algo comum a todos os seres humanos ao longo da história.

E todos partilhamos o pesadelo do apocalipse e do extremínio da humanidade, da peste negra, gripe espanhola e dos mortos aos milhões, certo? Vamos ter Fé e Esperança que este momento irá passar. Ter pânico não nos ajuda em nada! Permita-se sentir medo (faz mal reprimir emoções), mas empenhe-se em mudar esse sentimento tóxico porque ele só nos paraliza e impede de tomar decisões mais conscientes e de viver uma vida com mais propósito.

Opte por viver ao invés de existir!

Atenção que não estou a apelar a que seja irresponsável e não tome as precauções devidas... Esse tipo de comportamento irresponsável e de negação da gravidade deste problema de saúde também só ajuda a complicar!

Muitos de nós irão ficar doentes e outros vão morrer... É uma ameaça assustadora... Claro que é! Lembrem-se que já antes deste virus surgir isto já se aplicava! Quantos morrem de cancro, doença cardiovascular, e outras doenças?

Nada na vida é garantido e está sob o nosso controlo absoluto! Que grande ilusão em que vivemos!

Temos o direito de sentir o medo, é normal até,  já que a necessidade de segurança é uma necessidade básica do ser humano. Mas também  temos o direito de decidir se cedemos ao medo ou optamos pela esperança.

Helena Blavatsky filósofa russa, dizia que a humanidade é como um colar de pérolas - todos ligados entre si - e cada um será uma pérola preciosa e única. Se uma perola se perder (se um ser humano), todo o colar é afectado por isso (toda a humanidade), e se uma pérola se salvar todos beneficiamos disso.

Decida! E decida bem!

Decida estar do lado da solução e não do problema!

Decida ter cuidado por si e pelos outros! Seja cívico e cumpra o isolamento social. Evite deitar para o chão luvas e máscaras!

Decida ser solidário! Não compre tudoooo sem pensar nas necessidades alheias às suas!

Apoie os seus pais e avós - a solidariedade começa dentro da nossa casa e família.

Apoie causas sociais, agora mais do que nunca vão necessitar de apoio! Pode ajudar monetáriamente ou com algum tipo de voluntariado.

Evite alimentar conversas negativas! Faz mal a si e ao outro!

Evite espalhar o medo, o pânico e o desespero! 

Procure manter hábitos saudáveis.

Espalhe amor, compaixão, compreensão, solidariedade, respeito cívico...

Espalhe também bons exemplos em vez de se focar apenas nos exemplos negativos.

Espalhe AMOR que é disto mesmo que o mundo tem falta.

E para terminar passo aqui um excerto de um dos melhores livros que já li: O Caiballion.

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