O medo advem da falta de amor e de conhecimento
O medo é um sentimento com a sua utilidade. Que seria da humanidade se o medo não tivesse impulsionado a nossa autopreservação? Fugir ou lutar? O eterno dilema que enfrentamos diáriamente individual e coletivamente.
Esta última experiência com a pademia covid 19 veio mesmo testar os nossos medos, não acha?
O medo pode ter origem em eventos traumáticos (um acidente, uma experiência negativa) ou num condicionamento feito pelos pais quando incutem e ensinam os filhos a temerem muitas e diversas coisas. Quando uma pessoa tem muitos medos devido à educação que recebeu, terá mais dificuldades em ter consciência de como esses medos habitam a sua mente
Como a nossa mente é atemporal o medo pode viver dentro de nós muitos anos depois dos eventos que o despoletaram. Passado, presente e futuro dilui-se na nossa mente. Ele sustenta-se em crenças, logo, se queremos enfrentar os nossos medos, temos em primeiro lugar que enfrentar as nossas crenças.
Enfrentar crenças e medos não é uma tarefa para qualquer um! Só está ao alcance daqueles que estão dispostos a mudar e que reconhecem que necessitam de mudar... E o problema reside precisamente aqui: a maioria das pessoas opta por negar e não assumir os medos que tem! Se a situação for muito grave e trazer grandes condicionalismos para a vida, é importante recorrer ao apoio de um psicólogo ou terapeuta.
Existem diversos tipos de medo: de conduzir, de alturas, do escuro, de perder familiares, de certos animais, do desconhecido, da morte, de envelhecer. É um sentimento muito particular, individual, que varia conforme as vivências de cada um. O medo existe em várias escalas, que vai desde a prudência até o mais completo terror.
O sentimento de medo pode ser avassalador causando sintomas físicos como: boca seca, tremores, enjoos, rigidez mandibular, alterações gastro-intestinais, rigidez nos ombros, braços e pernas, pupilas dilatadas, respiração acelerada, palpitações no coração.
Por detrás destas reações físicas estão duas glandulas: a amigdala cerebral, a qual está ligada à medula espinal permitindo que possamos reagir mediante qualquer ameaça, e as supra-renais: libertando o cortisol - a hormona do stress.
Se vivermos constantemente em stress, teremos níveis elevados de cortisol o qual está por detrás de problemas como: tensão elevada, obesidade, diabetes, osteoporose.
Se quisermos ir mais longe e profundo na análise do que é o medo, podemos dizer que o medo é a falta de amor e de conhecimento.
Quanto menos amor tivermos por nós próprios, pelo planeta em que vivemos e pelos que nos rodeiam, mais medo teremos.
Quanto mais ignorantes e inseguros formos, mais medo teremos- e mais manipuláveis somos pelos media, pelos políticos ou por quem quer que seja. Como o medo é um sentimento primário, torna-nos muito vulneráveis a más influências... A falta de conhecimento e a falta de compreensão conduz a estadios mais elevados de medo. Será então acertado dizer que a ignorância uma benção? E poderá ser prejudicial saber demais?
O que nos é familiar e percepcionado como agradável não despoleta em nós medo. Já o que é desconhecido para nós muitas vezes causa medo.
Aqui estou eu depois de ter atravessado a ponte suspensa 516 de Arouca e assim ter confrontado um dos meus receios -o medo de alturas.
De vez em quando saia da bolha em que vive e faça qualquer coisa ousada! Saia da sua zona de conforto! Verá o bem que lhe vai fazer!
Vai sentir-se mais energético, mais alegre, mais corajoso, mais vivo!