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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Confiar no fluxo - parte 3

EU SOU EU SOU, 07.05.20

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Você acredita na vida e no destino?

Ninguém ensinou-nos a confiar no fluxo. Muito pelo contrário... A maioria de nós tem imenso medo/terror, sente-se ansiedade pelo futuro...

Primeiro, temos a nossa própria vivência na terra, presenciamos directa ou indirectamente injustiças, fome, guerras, violações e uma série de acontecimentos que ceifam a vida de tantos inocentes. Estes tristes eventos além de gerarem medo e tristeza, fazem-nos sentir sem poder, como se fossemos um  mero joguete no xadrez da vida.

Não esqueçamos que estamos aqui no plano da dualidade - para valorizarmos o bom temos de ser confrontados com o que é mau. Não nos soa bem, mas esta é uma realidade que só temos de aceitar a bem da nossa sanidade. É uma lei universal.

Segundo, temos a explicação religiosa que apesar de reconfortante, deixa muitas perguntas por responder. A religião diz-nos que os bons serão premiados e os maus castigados  e fornece ainda uma série de normas de conduta moral. Porém, na vida real muitos inocentes morrem e pessoas com má conduta tem uma vida longa e próspera. Além disso, será que você vai ser considerado de bom ou  de mau pela divindidade? Afinal, todos temos essa dualidade em nós, uma vez que ninguém é 100% bom e ninguém é 100% mau.

Em terceiro lugar, temos a ciência. Esta diz-nos que tudo se resume à genética: a origem das doenças, a capacidade intelectual e o aspecto físico das pessoas. Se tudo está pré-determinado à nascença pela nossa componente genética... o que adianta então esforçar-mo-nos trabalhando ou estudando?  

A ciência também postula que é a lei do mais forte que prevalece. E isto está na base da competição exarcebada que vivenciamos atualmente na sociedade a todos os níveis, e em especial, no mercado de trabalho. Então segundo este pensamento se você nascer pré-determinado por uma "má genética" ficará sempre no grupo dos desfavorecidos. E se assim é, como justificar que Steve Hawkins, um deficiente motor grave, tenha tido uma carreira académica tão brilhante? Ou que James R. Doty (livro - Dentro da Loja Mágica), nascido numa família muito pobre económicamente, emocional e afectivamente se tenha tornado num brilhante e milionário neurocirugião e empresário?

Concluo que a ciência sem a moralidade, também não nos ajuda na nossa jornada na terra, pois não passa de um conjunto de postulados revisados constantemente. Não passa de avanços tecnológicos que se sucedem sem grande reflexão quanto ao impacto que terão no planeta e na saúde e na vida de todos os seres.

Desde os avanços de Darwin que emergiu na humanidade uma outra adoração cega - a da Ciência - a qual se focou exclusivamente em tudo o que é manifestação física e deu origem à dicotomia/separação corpo e mente. Foram necessários quase dois séculos de muitos avanços científicos para se chegar à conclusão óbvia de que mente, corpo e espírito são unos. Que existe uma relação entre o que pensamos e as doenças que desenvolvemos. E também , que a matéria é composta de células que por sua vez são compostas de átomos, que são compostos nas particulas mais diminutas- que são o vazio (a não matéria).

Assim se conclui que também temos espaço vazio em nós... O que se passará nessa energia "vazia" em nós?

Em quarto lugar, temos a espiritualidade.

Já falámos antes do incognoscível. Aquela parte que nós não conseguimos conhecer. E lá porque a não conhecemos não quer dizer que não exista!

Podemos ter vislumbres estéticos do incognoscível ( num poema, numa obra de arte, na dança, na contemplação da natureza...) e pela meditação, pela afirmação e visualização podemos entrar em contacto com Ele, disfrutar e aproveitar para o nosso próprio enriquecimento pessoal, sem que ocorra qualquer apreensão lógica ou racional.

Confiar no fluxo é carregar dentro de si a esperança (evitar confundir com expectativa). É visualizar um futuro para si e para os outros em união, paz e amor.

É ver que a separação entre todos nós é uma enorme ilusão. Que somos todos Um. Que a humanidade é como um colar de pérolas, todos ligados por um fio invisível - o sopro da vida, o incogniscivel... Deus, o Criador Divino, a Energia Vital, o grande arquitecto, seja lá o nome que lhe quiserem dar.

Único. Indivisível. Omnipotente. Omnipresente. A Luz mais pura.

Está em tudo o que vemos e também no que não vemos.

E está em mim e em si. Em TUDO.

 

 

 

Confiar no fluxo - parte 2

EU SOU EU SOU, 05.05.20

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Confiar no fluxo é ter paciência, saber esperar o tempo certo, ter serenidade interior, confiar em si mesmo, confiar na vida e no destino, acreditar na capacidade de crescimento do outro a qual não é a mesma que a sua...

Nem sempre conseguimos acalmar os nossos corações, apanhados por ondas de ansiedade que vamos sofrendo ao longo da vida. Os problemas e os desafios levam-nos ao desespero, mas se aprendermos a confiar no Céu e na vontade divina, podemos viver mais tranquilos.

Confiar no fluxo é saber focar o que realmente nos interessa - a nossa meta- e depois soltar... Como se fosse um balão a escapar da nossa mão a voarrrrr até o perdermos de vista! Ir fazer qualquer outra coisa e não pensar mais nisso...

Se ficarmos presos a metas ou a desejos de forma obsecada, começamos a comparar o estado desejado com o atual e é inevitável sentirmo-nos frustrados e em estado de carência, ou seja, focando apenas naquilo que nos falta.

Quando temos a capacidade de sentir gratidão pelo que já temos, criamos espaço para receber mais bençãos.

As pessoas mais abençoadas são as mais capazes de agradecer.

Ser abençoado não corresponde necessáriamente a ter mais dinheiro, poder ou coisas materiais... Há pessoas que tem tudo isso e são de uma extrema infelicidade.

Ser abençoado é estar em paz tanto no meio de uma tempestade como numa calmaria!

Porque tudo na vida é passageiro! Você é passageiro, as suas presentes circunstâncias de vida, o seu passado...

Só uma coisa não é passageira...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Confiar no fluxo - parte 1

EU SOU EU SOU, 04.05.20

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Quando eu tinha à volta de 12 ou 13 anos quase morri afogada no mar. Estava com crianças amigas e familiares a brincar junto à rebentação do mar, e lembro-me de pensar que eu tinha muito equilibrio e resistia bem à rebentação do mar...

De repente, uma onda mais forte puxou-me para dentro (anos mais tarde descobri que estavamos numa zona perigosa designada de agueiro). Quanto vim à tona para respirar umas vezes, pensei: "Deixa-me ver se tenho pé!" - e foi então que vi que não tinha! E engoli mais água e entrei em desespero! Era problemático pois eu ainda não sabia nadar mais que duas ou três braçadas, que aprendi com outras crianças da praia...

Logo outro pensamento me ocorreu: "Sabes boiar! Então boia, grita e acena a pedir socorro!". Foi o que tentei fazer, porém eu estava longe e o ruído do mar abafava os meus gritos. Espreitava lateralmente e vi claramente que ninguém dava pela minha falta e ninguém me ouvia...

Senti o pânico percorrer o meu corpo novamente... Naquele tempo era muito frequente a morte por afogamento e eu já tinha presenciado várias...

Então, senti como se algo ou alguém me acompanhasse naquele momento e me sussurasse ao ouvido: "Tem calma. Vai dando aos braços e pernas de costas e tenta voltar para o areal". Senti de imediato uma grande calma. E foi o que eu fiz.

Após um período de tempo que me pareceu uma eternidade, encaminhei-me lentamente mas consistententemente para o areal, um pouco distante das restantes pessoas que me tinham acompanhado. Fiz diversas paragens pelo meio para descansar e fui retomando aproveitando correntes... Quando cheguei ao ponto que já tinha pé, senti-me instantâneamente aliviada. Sabia que estava salva!

Não tive a coragem de contar aos outros todos os pormenores desta minha experiência, com receio que me achassem louca mas tive a certeza que naquele momento algo ou alguém me acompanhava... Ao longo da vida tive muitas outras experiências similares.

De todas retirei duas importantes lições relacionadas com: confiar no fluxo, e que venho aqui partilhar convosco:

- Quando estamos a atravessar uma situação dificil e entramos em desespero, perdemos o controlo e, como relatei-vos na minha experiência de quase afogamento, o pior cenário pode mesmo acontecer. Nesses momentos é fundamental ter a noção de que tudo passa e se optarmos por acreditarmos que temos em nós teremos os recursos necessários para ultrapassarmos a situação (nesta experiência que vos contei eu não sabia nadar, mas sabia boiar e optei por acreditar que isso me bastaria para me salvar de morrer afogada, ao invés de ter cedido ao pânico da situação).

- Este evento veio demonstrar que eu deveria apostar em aprender a nadar e que não sou mais forte que o mar - uma força a respeitar. Assim, no final desse verão eu contei o sucedido a uma tia , a qual me impulsionou a aprender a nadar, a praticar, praticar, praticar e a adquirir uma melhor forma física. Nunca mais apanhei sustos assim tão marcantes no mar. Ou seja, esta experiência veio evidenciar o que em mim estava a necessitar de ser trabalhado ou melhorado.

E assim é na vida. Em todas as experiências há a descoberta de mais facetas em nós e uma oportunidade de progredirmos nas nossas aprendizagens.

Que o atual momento nos traga maior autoconhecimento e expansão.

 

 

Desconfinamento

EU SOU EU SOU, 01.05.20

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Mediante a implementação do desconfinamento já a partir de 04 de maio, dei comigo a fazer algumas reflexões. 

Já tinha reparado que a generalidade das pessoas não aproveitou esta fase para reflectir grandemente acerca de si mesmas, as suas condutas, o nosso viver colectivo, e a sociedade que  queremos no futuro. Continuam com a mesma atitude egoísta, irresponsável e insensível de sempre...

Não perceberam ainda a grande necessidade de reinventarmos uma forma diferente de estarmos aqui neste planeta, com ou sem este vírus.

Não perceberam com o consumismo exarcebado, o modelo competitivo, a falta de produção local, os problemas alimentares, os problemas ambientais e outros estavam a comprometer a nossa existência neste planeta.

Olho, esta questão do desconfinamento com algum cuidado. Já vi como é a tentativa de algumas pessoas inconscientes acharem que é um regresso à normalidade como se o vírus já não existisse, como se as empresas que fecharam, as pessoas que ficaram desempregadas, os doentes e mortos, fossem coisa do passado... Só que não são!

Não existe cura eficaz para o vírus, há países que ainda não atingiram picos nos contágios e a economia mundial está toda em crise.

Ficamos então em confinamento mais tempo? Não é uma opção viável para um país com uma economia tão frágil como a nossa. E se há pessoas com recursos para o fazerem, muitas outras há que não tem esses recursos.

Sou a favor do desconfinamento mas creio que existe uma precipitação neste processo. Devia já  estar criada, publicada legislação que obrigasse o uso de máscaras e as multas aplicáveis, na TV deviam passar videos informativos de sensibilização à população acerca da utilização de equipamentos de proteção e de higienização, a distribuição de máscaras devia estar  incrementada e a sua venda legislada com legislação própria (ainda há dias pediram-me 46 € por 50 máscaras cirurgicas).

O que observo é confusão na informação veiculada pela OMS/DGS/Governo e falta de bons exemplos por quem nos representa (não os vejo de máscara).

Podia fazer-se mais do que está a ser feito nesta fase do problema. Acho que começaram bem e se perderam no caminho...

Porém, o que me causa mais impressão é mesmo a inconsciência dos que não "acreditam" no vírus,  os que sobrepõem interesses individuais e egoistas aos colectivos- são os inconscientes. Do outro lado, temos os que tentam espalhar o medo irracional para levar as pessoas a aceitarem qualquer "solução" e enriquecerem com esta pandemia. São todos extremistas.

Quando estamos perante uma série de eventos e comportamentos que escapam ao nosso controlo não nos resta mais nada senão confiar no fluxo. E fazer a nossa parte.

Já compreendi que se eu tomo cuidados, mas a generalidade não tem cuidado, na prática não resulta grande proteção. Porém, em consciência comigo mesma devo tomar cuidados e vou fazê-lo. Se observar falta de cuidados por onde ando, vou chamar a atenção. Faço-o desde inicio de março.

Se todos tivessem cuidado à escala planetária, este problema já estaria resolvido, sem necessidade de vacinas e tantas incertezas futuras... Mas temos "cada cabeça sua sentença" e assim chegámos a este ponto... E tenham presente que este problema vai arrastar-se...

As pessoas tem de parar de pensar menos no EU e mais no NÓS, se querem verdadeiramente ultrapassar este problema e os demais problemas deste planeta e já mencionados antes neste post.

Só que a maioria está demasiado centrada no EU, EU, EU...

Não vamos ficar todos bem!

E do que vi até ao momento também não assisti a nenhuma mudança positiva significativa da maioria dos seres humanos.

Quem é de bem continua a fazer o bem e quem é de mal, a fazer o mal.

E para mim, isto só pode significar uma coisa: mais desafios  e dos grandes estão no nosso horizonte!

Assim, você que é do BEM e da LUZ, esteja em paz e tranquilidade, aceite tudo o que tiver de acontecer (pois será por algum motivo), tenha paciência para si mesmo e para os outros, mantenha-se focado no seu próprio desenvolvimento e seja solidário sem deixar-se ser explorado.