Os meus momentos de Amor Fati - I
No post anterior falei da importância de se saber valorizar as pequenas coisas da vida e de interromper uma tendência culturalmente imposta de que apenas as grandes coisas importam. Se focarmos apenas as grandes coisas não só nos autocondenamos a uma existência de insatisfação, de ingratidão, de vazio, de tristeza e de descontentamento, como estamos a deixar passar ao lado imensas pequenas coisas que todas juntas são de suma importância para o nosso bem-estar e felicidade diários.
A partir do momento em que percebi a importância dos pequenos momentos e das pequenas coisas na minha vida, a minha vida teve um belo upgrade. Passei a andar mais atenta e observadora. Passei a observar mais e a falar menos. Descobri paralelamente como a gratidão pode ser um importante aliado na elevação da nossa vibração, da nossa energia e bem-estar e da nossa saúde.
Viver em gratidão é a consequência expectável de viver em AMOR FATI. Niguém consegue alcançar uma vida saudável e feliz se vive em permanente insatisfação, frustração por não ter as coisas que queria ter (a maioria das quais nem sequer necessita), se vive irritado focando a falta e não vê a abundância que já se manifesta na sua vida.
A visão focal e global são ambas importantes. Focar o quotidiano e identificar as bençãos diárias e os aspectos a melhorar pode impactar, e de que forma, a sua vida. Focar o coletivo e global e perceber as incongruências e as forças da humanidade idem. Dentro das coisas menores se observam reflexos das maiores e vice-versa - uma lei universal.
Uma das coisas que mais alegria e energia me traz é ler. E nas nossas vidas de corre-corre é difícil encontrar tempo e energia para ler.
Quando iniciei as manhãs milagrosas retomei a atividade da leitura e isso foi excelente, porém, como dispendia muito tempo na escrita, meditação e em exercícios ioga, não me sobrava grande tempo para a leitura... Acordar mais cedo não era uma hipótese a considerar...
Cedo descobri que não me satisfazia ler apenas umas 5 páginas por dia... Comecei por regressar à leitura depois de sair do trabalho e chegar a casa, mas muitas outras solicitações e também o cansaço impediam-me de o fazer na maioria dos dias. Por isso, essa estratégia de fim do dia não estava a resultar.
Então pensei reservar a leitura para o fim-de-semana, aproveitando os dois dias de descanso semanal. Mas também não funcionou! Além da necessidade de estender para mais tarde a hora de acordar, como forma de repor energias, outras responsabilidades familiares subtraíam-me tempo para a leitura...
Foi então que decidi ler na minha pausa de almoço... Para já, está a resultar esplêndidamente... O problema é depois largar a leitura e retomar o trabalho! Por isso, foi estratégica a escolha deste livro do Valter Hugo Mãe. Adoro contos! A minha criança interior agradece muito. Como cada conto é uma história independente não tem aquela coisa de se perder o rumo da narrativa.
Nas férias do passado verão li: 99 Histórias de Sabedoria de António Estanqueiro. Também me parece uma boa opção para quem quiser experimentar a leitura ao almoço...
Outra coisa que faço com frequência é passear na hora de almoço pela cidade onde trabalho. Aproveito para tirar fotos - outra paixão- especialmente neste belo local: o parque D. Carlos I.
Porém, às vezes, aproveito apenas para tratar de compras no comércio local e de outros assuntos (vantagens de cidade pequena onde tudo está a escassos metros umas coisas de outras) e converso um pouco com pessoas anónimas e conhecidas, outra coisa que me agrada muito!
No próximo post, continuarei este tema noutra perspectiva.
E vocês tem alguma rotina de AMOR FATI?