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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

O conhecido, o desconhecido e o incognoscível

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Hoje celebra-se o dia mundial do livro. O livro que estou a ler presentemente é :"Inocência, conhecimento e deslumbramento", de Osho. Tenho este livro comigo há muitos anos mas nunca o terminei de ler. Lembro-me de na altura o ter achado um pouco complexo e de me sentir um bocado desconfortável em vários trechos do livro... Assim, acabei por abandoná-lo... Já vos aconteceu?!

De há um ano para cá que passei a ter uma rotina matinal (acordo uma hora mais cedo que seria necessário para a hora em que começo a trabalhar) e uma das minhas atividades diárias passou a ser a leitura. Apesar de ser uma apreciadora de livros, admito que a vida de mãe, trabalhadora e dona de casa me deixava pouco tempo para ler. Mas é possível!

Ora, como vos estava a contar, passei a ler diáriamente 5 a 10 páginas, umas vezes mais! E além de livros novos também me empenhei em ler livros que estavam na "estante" à espera de serem lidos... Este foi um deles!

Agora eu já estava preparada para o ler, para reflectir acerca dele e para que ele me inspirasse em muito do que aqui venho escrevendo neste blogue.

Uma das reflexões mais disruptivas de Osho nesta obra, consiste precisamente na forma como ele diferencia conhecimento, de desconhecimento e de incognoscível.

O ser humano tem muita curiosidade em desvendar o que é misterioso, tornando-o conhecido. A ciência tem sido o instrumento para trazer conhecimento, para tornar o desconhecido em conhecido.

Porém, além do que é conhecido e do desconhecido existe o incognoscível... E isso está dentro de si e também em tudo o que o rodeia, da mais simples flor, a uma nuvem, uma estrela, um canto de um pássaro! 

Sócrates tinha aquela máxima: "Conhece-te a ti mesmo!" Que na prática quer dizer: tenta conhecer-te a ti mesmo. Não é que isso seja mesmo possível de acontecer, pois há uma parte enorme de nós próprios que nunca conseguiremos conhecer... Fará nos outros!

Já Marco Aurélio dizia: "Sê tu mesmo!" Isto é possível de alcançar! Não precisa de conhecer, só tem de ser você. Desfrutando da beleza que o rodeia. Assumindo que muito do que o rodeia é um mistério e aceitar isso. Assumindo que você próprio é também um mistério e aceitar isso.

Conseguir como as crianças, de quem tanto fala Osho, fruir a vida sem tentar tão obssessivamente catalogar as coisas, comprender as coisas, racionalizar tudo e viver no passado ou no futuro.

Relaxar... Confiar... Entregar...