O bem e o mal são faces da mesma moeda
Ainda na sequência do post anterior gostaria hoje de vos falar mais um pouco acerca de energia..
Já reparou que estamos rodeados de dualidade? Quente e frio, belo e feio, noite e dia, doce e amargo, nascimento e morte... A dualidade no mundo material é tão óbvia.
O que é interessante de perceber é que nós nunca teríamos a consciência de um de não fosse pelo outro. Por exemplo, se vivessemos num local onde apenas houvesse luz, não sabíamos o que era a escuridão porque apenas existia luz, e o oposto também é verdadeiro!
No mundo energético será que também há dualidade?! Claro que sim! Há dualidade em todos os planos e dimensões do cosmos pois é uma lei universal.
No mundo material os opostos até se atraem mas no mundo energético isso não se aplica. A dimensão energética funciona apenas por afinidade: positivo com positivo e negativo com negativo. Daí os episódios de mau estar que sentimos quando estamos num ambiente ou com pessoas com energias dissonantes da nossa.
A dualidade está em tudo desde a partícula mais ínfima a nós próprios. Temos alguma resistência em aceitar isto porque somos culturalmente e socialmente formatados a manter uma boa convivência e a remeter os nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos fora do padrão vigente para as sombras. Luz para o aceitável e escuridão para o inaceitável. Ao negarmos a nós próprios os nossos medos, dúvidas, defeitos em prol do que achamos apropriado podemos estar a negar a nossa própria essência, os nossos próprios talentos e a nossa individualidade.
Somos perfeitos nas nossas imperfeições. Somos seres complementares: fortes e fracos, corajosos e medrosos, decididos e indecisos. Se negarmos a nossa dualidade apenas estaremos a fortalecer o nosso lado sombra.Devemos olhar amorosamente esse nosso lado sombra, assimilar e trabalhá-lo positivamente. Só assim conseguimos colocar luz na sombra e transformá-la em mais luz.
É a nossa capacidade de observar a nossa própria dualidade que faz a vida ser como é... e perceber que luz e sombra são faces da mesma moeda.
Esta transmutação de lançar luz na sombra é a ALQUIMIA DA MENTE. É um trabalho difícil e replecto de obstáculos mas é o único caminho possível para a libertação e obtenção de paz e de harmonia.
Agora acho oportuno falar novamente de juízos de valor. Todos nós temos nas nossas vidas pessoas que nos desafiam, que nos incomodam e que são como pedras no nosso trajeto. Falo de pessoas das quais recebemos ofensas e mágoas, pessoas que não nos querem bem e que parecem arrastar-nos para as emoções e pensamentos negativos que queremos evitar e queremos transcender.
Estas pessoas são de facto desafios. E o maior desafio que temos é o de silenciar o nosso juíz interno que começa logo a debitar apreciações, opiniões, juízos de valores acerca dessa pessoa! Aceite a pessoa como ela é e tenha compaixão por ela!
Como assim? Ter compaixão de quem nos ofende e magoa?!
Isso parece um comportamento um bocado mazoquista! Longe disso! Porém, se você se deixar envolver emocionalmente e negativamente por essa pessoa, descerá ao seu nível e ficará seu prisioneiro! Vai consumir-se de revolta, de vitimização e de ressentimento.
A SOLUÇÂO:
A única forma de se libertar é afastar-se físicamente e mentalmente dessa pessoa e evitar falar ou pensar nela.
ESCOLHER focar-se em coisas positivas da sua vida. Fazer coisas que são aprazíveis.
ENTREGAR ao universo. Evitar tentar controlar o comportamento do outro. Você não comanda o seu próprio pensamento e quer comandar o pensamento e acções alheias?!
Humildemente reconhecer que há uma coisa chamada de EFEITO ESPELHO, e tentar trabalhar em si mesmo aspectos que identifica no outro. Há sempre qualquer coisinha que apontamos aos outros e que também "habitam" em nós. Tentar estar mais atento e corrigir com AMOR, CARINHO e PACIÊNCIA.
Evitar alimentar sentimentos de ódio, de mágoa, de vingança e tristeza em relação a essa pessoa desafiante. Cada um faz o melhor que consegue com os conhecimentos e capacidades que tem no momento, e há ainda muitas pessoas por esse mundo fora que tem muitas, muitas limitações. Porém, não se ache superior a ninguém pois todos temos luz e sombras.
Fazer limpeza regular em si e nos relacionamentos desafiantes que tem na sua vida até conseguir a transmutação (pelo menos a sua - não se preocupe se a outra parte fez ou não a sua parte pois isso não lhe compete). O ideal será largar o que não acrescenta... mas nem sempre isso é possível por compromissos familiares ou profissionais. Afinal, vivemos na dualidade e seremos sempre desafiados para sermos impelidos a evoluír. Assim, de tempos em tempos cuide de limpar esses relacionamentos que identifica como problemáticos para que exista maior fluência e menos atrito. Limpar a sua parte, alinhando-se com os seus valores pessoais, criando compreensão e compaixão pelas suas próprias falhas e a dos outros.
Que as limitações dessas pessoas não sejam suas também!