Como boa pisciana que sou, eu não gosto de gritaria e de confronto direto descontrolado... agora se for um bom debate de ideias, que seja respeitador e elevado, até gosto! E eu consigo ser bastante argumentativa!

Quando me dececiono com alguém raramente discuto. Eu afasto-me da pessoa. Eu corto a pessoa da minha vida. E posso  até ser muito fria nisso... é uma sombra que eu carrego e da qual tive consciência nesta última etapa da minha vida! Exponho-a aqui não porque tenho orgulho dela mas sim porque adquiri consciência acerca dela.

Desde que fiz o meu curso de coaching passei a tentar ter conversas de esclarecimento com algumas pessoas, que me mereciam algum respeito (não foi com todas) para evitar fazer "ghosting" e evitar criar uma "narrativa" dentro da minha cabeça... mas curiosamente quase nenhumas das pessoas com as quais tive conflitos aceitou! Estaria na hora destas pessoas sairem da minha vida?

Teria a nossa aprendizagem conjunta, terminado?

It takes two to tango! São precisas duas pessoas para dançar o tango.

Se uma pessoa quer muito ter uma relação mais profunda e verdadeira mas a outra se recusa a dialogar e a ter a humildade de reconhecer a sua responsabilidade preferindo o fingimento e a ilusão, nada podemos fazer senão aceitar os fatos e posicionarmo-nos!

Tem pessoas que sim, com as quais necessitamos de traçar fronteiras e limites, e  por vezes, até erguer muralhas. Não são merecedoras de mais nada pois não sabem respeitar-se e muito menos aos outros. Por isso, chego à conclusão que deverá existir um equilibrio evitando o radicalismo do corte imediato e definitivo, a menos que tenhamos evidências de que este é o único caminho e quando se esgotaram outras alternativas.

Creio que está instituído socialmente um faz de conta, uma ilusão, uma tentativa generalizada de evitar confrontos que parece ir contra o dialogar e esclarecer. Ninguém mais tem tempo, energia ou vontade para falar! Por isso, criam-se vazios e distanciamentos.

Traçar limites custou-me pessoas mas

para a minha paz valeu a pena.