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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Como as fases da lua...

EU SOU EU SOU, 10.02.21

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Isto aplica-se aos momentos menos bons, como os que atualmente passamos colectivamente... e também se aplica aos momentos que classificamos de bons.

Se interiorizarmos isto verdadeiramente, teremos muito mais resiliência para enfrentar os momentos desafiantes e maior serenidade nos momentos felizes.

A nossa vontade de controlar os acontecimentos e as pessoas é que estraga tudo...

Tudo acontece a um ritmo muito mais rápido do que a nossa capacidade de assimilar. É por isso que não é estranho que uma das fantasias recorrentes seja precisamente a de querer controlar tudo. No fundo há um desejo de pisar em terreno sólido, para sentirmos que temos o leme da nossa própria vida.

O problema é que nem sempre percebemos que controlar tudo é uma fantasia. Nós só descobri-mo-nos quando perdemos o controle, e é isso que nos frustra.

Tudo está em movimento e existem centenas de fatores além do nosso controle. O que está vivo muda constantemente. Hoje avistamos um caminho e amanhã outro. A única coisa da qual temos certeza absoluta é a morte. A vida, por outro lado, desenrola-se entre incertezas e fluxos inesperados.

A fantasia de querer controlar tudo

Nós não estamos mais nos tempos em que era possível viver de forma pacífica. Somos constantemente bombardeados por centenas de estímulos. Você levanta-se e vêm à sua cabeça muitas ideias e sentimentos que se atropelam entre si. 

Sentimos que há muito a fazer e pouco tempo para isso.

Todos os dias também enfrentamos sentimentos e emoções contraditórios. Às vezes temos que forçar-mo-nos para redirecioná-los, mesmo sem ter aprendido a compreendê-los. Simplesmente temos que funcionar. E para isso é necessário impor limites a nós mesmos e ao que estamos dispostos a tolerar.

Reprimimos e negamos logo os pensamentos ou as emoções incomodas que nos impedem de produzir, alcançar, agir... Abandonamos esses pesnsamentos sem reflexão e sem interiorização. Colocamos as coisas debaixo do "tapete".... até ao dia em que rebenta!

Muitas vezes acabamos a lutar contra nós mesmos. O nosso pensamento coloca um conteúdo lá e então esforçamo-nos para erradicá-lo. Nós não tentamos entender, mas sim tirá-lo da consciência o mais rápido possível. Sentimos, por exemplo, um acesso à ansiedade e imediatamente tentamos remover a inquietação para fazê-la desaparecer. Talvez se adotássemos uma posição de aceitação e de observação, poderia ser diferente.

Se aprendermos a perceber-mo-nos a nós mesmos, sem julgar, sem pensar, mas simplesmente a contemplar…

Sem querer controlar tudo, mas permitindo que as coisas fluam, tanto interna quanto externamente.

Esse é o caminho que nos leva de volta a experimentar a vida de uma maneira mais genuína. Sem apreensões. De tudo isso surge uma nova forma de compreensão, que não se expressa como aprendizagem intelectual, mas sim vital.

Uma forma mais elevada de consciência que leva ao equilíbrio.

 

 

 

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