9. Ver os problemas de baixo para cima
Quase toda a minha vida olhei os meus problemas de baixo para cima, ou seja, eu via o problema aqui no meu plano terreno de planeta de 3.ª dimensão, e questionava Deus sob qual o sentido e o propósito disso estar a acontecer comigo. Nesses momentos sentia-me separada do divino ( um ser insignificante e sem qualquer poder) e isso acentuava a minha insegurança e o sentimento de desamparo.
Esta crença, levava-me a estar sempre muito envolvida emocionalmente com a narrativa da minha vida. Mas não tinha a consciência que apenas reforçava o meu sentimento de vitimismo. Eu acreditava que muita coisa era castigo e que eu não deveria de ser merecedora de ser feliz. Sim, eu acreditava na visão antromórfica de um Deus castigador e punidor. Portanto, quando eu me auto-questionava não o fazia de uma forma positiva e construtiva - era muito culpabilizante, envergonhada dos meus maus sentimentos e tinha impulsos vingativos.
Eu achava também que era um corpo com uma alma. Que tinha de me esforçar e de me aprimorar para que quando morresse não ardesse no fogo do inferno e do vale das almas perdidas. Uma visão muito cristã e muito católica embora nunca tivesse feito catequese ou frequentasse a igreja!
Sim, eu sempre me identifiquei essencialmente com o bem e a luz e sempre achei que esse era o caminho a seguir. Porém, nem sempre conseguia ter a paz, a serenidade interior, o controlo emocional necessários para viver uma vida plena e feliz. Nem para ser uma expressão mais expandida e livre de mim mesma...
Vivia aprisionada a um mindset que me desempoderava.