9.1. Um problema deve ser visto de cima para baixo e de fora para dentro
A primeira vez na vida em que passei a olhar conscientemente para a minha vida e os meus problemas foi após ter feito formação em coaching e PNL e já lá vão 4 anos! Foi através destas duas aprendizagens que aprendi a importância de sabermos olhar para os nossos problemas de fora para dentro e de cima para baixo.
Falámos em posts anteriores como é importante saber pegar num evento, uma contrariedade, um conflito com uma pessoa e saber olhar para dentro de nós contactando com as nossas próprias sombras e sentimentos. Fazendo um trabalho interior de auto-reflexão, perdão, cura e superação. Este é o movimento de fora para dentro... Mas o nosso trabalho não termina aqui..
Há uns tempos ouvi esta expressão de uma médica e terapeuta holística, no que respeita à forma com vemos a nossa própria vida: De cima para baixo como se estivesse a utilizar um elevador - Mónica de Medeiros. Ou seja, ao invés de estarmos muito envolvidos na nossa própria experiência da situação, adquirir esta visão mais distanciada dos acontecimentos e dos envolvidos.
Mónica de Medeiros acrescentou estas perguntas e respostas possíveis:
Tem o mesmo tamanho?
Não. Parece agora menor.
Vê apenas escuridão ou vê um pequeno piralampo de luz?
Vejo um pirilampo de luz....
Que pirilampo é esse? O que ele simboliza?
A esperança, a coragem, a resiliência...
É fundamental praticar o distanciamento racional e afetivo daquilo que nos acontece para termos o melhor discernimento quando tomarmos as nossas decisões. É importante saber relativizar os nossos problemas face ao que se passa no mundo. É importante saber sair do nosso ponto de vista e com empatia ver o ponto de vista do outro, mesmo não concordando com ele. Isto para um maior controlo emocional que nos evita cair no lodo de emoções negativas que nos prejudicam tanto, em especial a nossa saúde física e psíquica.
A filosofia hermética também me deu um importante contributo. Passei a uma visão monádica da existência humana, isto é, passei a considerar que somos uma alma a viver temporárimente num corpo humano e não um corpo humano com alma.
Passei a considerar que DEUS/Divino/Criador como interno a nós - nós somos o divino a expressar-se na relatividade, como centelhas divinas. Um Deus de pura expressão de amor e não um Deus antropomórfico e punidor. Compreendi a importância da dualidade bem/mal para o progresso e expansão do universo.
E por último, saí do papel de vitima passando a compreender melhor o meu papel nos acontecimentos da vida- acolhendo e procurando limpar as minhas sombras.Trabalhando em mim o que eu queria melhorar fora de mim!