Os momentos atuais requerem que sejamos autênticos. Exigem que sejamos coerentes com a nossa verdade, os nossos valores, os nossos sentimentos e as nossas crenças positivas. Num mundo enlouquecido é a única forma de mantermos a sanidade.
No entanto, é importante trabalhar também a tolerância e o respeito por opiniões diferentes da nossa. Saber escutar ativamente. Saber ser respeitador. Saber comunicar sem violência. Saber integrar pontos de vista diferentes do nosso. Ser humilde...
A riqueza do relacionamento humano reside precisamente nisto, não?!
Há que compreender que a nossa verdade será sempre uma parte da realidade... porém, não devemos de a esconder com medo.O medo da rejeição, o medo das consequências, o medo dos julgamentos alheios, o medo das pessoas se afastarem...
Vivemos numa realidade em rápida transformação social, política, económica, financeira, tecnológica. Nunca como agora foi tão importante decidir, aprender coisas novas, desaprender outras que já não nos servem... e para que isso ocorra tem de existir flexibilidade e humildade.
Humildade para abandonar ideias, práticas e costumes que já não nos servem mais, mesmo que os media, os politicos ou a sociedade nos tentem impingir isso. E é aqui que eu denoto uma enorme resistência na generalidade das pessoas.
Desde a situação do covid que sinto ter aumentado o extremismo. A dificuldade em dialogar sem discutir ou sem sentir censura ou rejeição por expressar opiniões diferentes das expressadas pela maioria, mesmo que sejam consubstanciadas em fatos...
Tenho saudades de assistir a tertulias em que se debatiam ideias e não pessoas. Em que a cortesia e o respeito permitiam a tal troca de ideias sem ofensas ou julgamentos.
Depois assistimos a campanhas a promover a inclusão. Mas não a inclusão , inclusão e sim uma versão institucional desta que muitas vezes não serve verdadeiramente os interesses dessas pessoas em situações de vulnerabilidade.
Qual o mal de debater, reflectir e questionar? Porque que tem de existir apenas uma maneira de fazer ou de abordar as questões?
E finalmente, porque motivo questionar algo desperta em certas pessoas a suprema vontade de categorizar o questionador? Claro que é sempre mais agradável ouvir pessoas próximas das nossas próprias opiniões... mas....
Será respeitável? Inclusivo?!