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O Despertar da Mente

O Despertar da Mente

Hoje em dia não se tem debates mas sim discussões

EU SOU EU SOU, 09.11.22

As posições  estão  extremadas. E as pessoas refletem  essa polarização  demonstrando- se incapazes de debater assuntos. Partem logo para a agressão verbal ou mesmo física... Um problema que com o covid só se agravou, lamentávelmente...

Amor, respeito  e compaixão  . Coisas que fazem muita falta atualmente, e por isso mesmo, eu opto tantas vezes por nem debater certos assuntos pois sinto dificuldades em encontrar pessoas capacitadas para uma conversa interessante.

Uma conversa onde não se termine a discutir ou a impor os seus pontos de vista. Uma conversa sem julgamentos. Uma conversa onde se saiba falar e também ouvir. 

Porque parece-me que toda a gente mais se preocupa mais em falar, falar... E que tal experimentar silenciar e ouvir um pouco?

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Liberdade... somos livres?

EU SOU EU SOU, 06.11.22

Somos criados numa sociedade onde não somos livres de gerir o nosso tempo e o que gostaríamos de fazer, muitas vezes...

O trabalho, a sobrevivência, as regras, as obrigações, o SISTEMA impelem-nos à vida casa-trabalho. Tudo isso nos é apresentado como necessário à nossa sobrevivência individual e coletiva. Sem isso seria o caos... a desorganização e o fim da humanidade.

Seria mesmo?!...

Tenho pensado nisso últimamente...

Vejo que o fruto do nosso trabalho reverte para uma minoria que acumula riqueza e bens a fim de viver faustosamente indiferente à miséria em que muitos vivem... Não existirá uma imoralidade nesse acúmulo desmesurado de riqueza?

Se calhar, se calhar... se a riqueza fosse mais compartilhada por todos não necessitariamos de trabalhar tanto e tantas horas... Teríamos mais tempo para cuidarmos da nossa saúde, disfrutar da vida, do planeta, da família... Poderíamos construir uma sociedade mais justa e equatitativa...

Fará sentido continuar com a produção em massa da sociedade de consumo criando necessidades, gerando desperdícios alimentares massivos? Não faria sentido uma maior reflexão acerca da gestão dos recursos?

Não obstante, cabe a cada um de nós buscar o equilibrio possível na sociedade actual... seja responsável e trabalhador porém, não se deixe escravizar. Mantenha-se atento às várias vertentes da sua vida.

Há mais na vida que o trabalho. E a saúde perdida no trabalho pode nunca ser recuperada... 

Por enquanto  somos livres até  um determinado  nível existencial. Porém, muitas pessoas vivem de tal modo iludidas que nem esse pequeno grau de liberdade utilizam... 

Tenho visto videos de pessoas que mundo fora optaram por viver off grid. Viver off grid é  viver com um mínimo  de tecnologia  ou sem qualquer tecnologia, reduzir a dependência das grandes empresas fornecedoras de bens, viver em sustentabilidade e respeito pelo planeta e fora dos grandes circuitos consumistas. Pessoas que tem casas auto suficientes a nível  de água e luz. Hortas biológicas. Compostagem. Sobrevivência. Ritmos da natureza respeitados.

Vi até  um video de uma aldeia portuguesa com esse modo de vida em comunidade: a aldeia de Cabrum 🐐.

É  um novo mundo que se abriu para mim... e que me está  a fazer repensar muita coisa! 

 

A nossa caixa dos lapis de cor

EU SOU EU SOU, 05.11.22

Screenshot_20221105-090616_Google.jpgA NOSSA CAIXA DE LÁPIS DE COR

 

Tenho uma amiga que quando percebe que eu estou triste costuma perguntar quem roubou a minha caixa de lápis de cor. Tem vez que nem pergunta, apenas comenta: “poxa, dessa vez levaram as cores que você mais gosta! ” A tristeza afrouxa um pouco, por mais que eu esteja chateada. Primeiro, é muito bom a gente se sentir olhado com carinho e porque essa expressão tem uma inocência capaz de fazer gente grande tocar em coisas sérias sem ficar com medo de queimar a mão. 

 

De vez em quando, ao ouvir a pergunta, acontece de uma lágrima ou outra escapulir, afeitos que alguns sentimentos são a desaguar no rosto quando o coração fica apertado. Mas, algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as roubou. Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las. Por notar que no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou eu.

 

(Ana Jácomo)

 

 

 

 

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