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Respeite os seus processos porém, não ceda aos clichés transmitidos socialmente acerca de envelhecer, tais como: que é tarde demais, que a partir de agora é sempre a descer, que não vale apena, que a minha vida está feita, que não encontro nada de útil ou interessante para fazer, que é melhor parar.
Todos nós temos momentos de cansaço e de apatia e estes tornam-se mais frequentes com a idade mais avançada. A nossa resistência física e psiquica, a paciência e a energia alteram com a idade. Por isso, é fundamental ser respeitoso consigo mesmo desde que numa perspectiva de equilíbrio saudável. Não precisa andar com a pressa e a vontade de agradar aos outros, típica dos verdes anos, porém, há que estar atento se não estará a ceder à depressão e ansiedade.
Como disse Nádia Lima: a mente, mente! Como 99% da função do cérebro é a auto-preseveração, se não nos questionarmos construtivamente, vamos inevitavelmente viver numa bolha de segurança e dominados pelos nosso medos e sombras! E viver assim é tudo menos viver! É capitular a esses medos e inseguranças!
Outra pessoa disse que começamos a viver quando saímos da zona de conforto. E isto é absolutamente verdadeiro.
Há pessoas que hoje vivem mais no virtual ( jogos, telemóveis, tv) que no real. O que observo de comum nestas pessoas é uma tendência brutal de procrastinação, solidão e desamparo, uma aparência de esgotamento e depressão e uma energia densa e sofucante que torna a dor existencial insuportável.
Quanto mais tempo permanecem nesse estado mais dificil se torna sairem. Criam dependência das redes sociais, dos jogos, dos programas e afins. Os quais, como se sabe, foram criados para criar essa dependência e tem por detrás conceitos das ciências comportamentais de manipulação mental e emocional.
Ora se isto se sabe, não se trata de nenhum segredo, porque motivo tantas pessoas cedem a estes meios comunicacionais? Porque não se viram para a VIDA REAL?
Eu creio que isso se deve a falta de maturidade emocional. O sistema social e educativo não está estruturado para empoderar as pessoas. Para lhes conferir ferramentas de conhecimento que as auxilie a lidar com perdas, decepções, conflitos e inseguranças... pois está demasiado focado na transmissão de conhecimento. Urge uma revolução cultural e educacional pois não faz sentido termos estruturado um modelo de ensino escolástico como há mais de 100 anos! Tudo mudou! A sociedade já não é mais a mesma! Porque razão o ensino está tão compartimentalizado e rígido ainda? Também por isso as pessoas preferem evadir-se da realidade do que enfrentar os seus problemas e fragilidades com racionalidade e compaixão.
Hoje em dia existem imensas técnicas de auto- conhecimento e de equilíbrio emocional. A mesma internet que é usada por grupos económicos e políticos sem escrúpulos para gerar milhões à conta da fragilidade humana, é aquela onde pode encontrar excelentes conteudos que o podem auxiliar a elevar a sua vibração, a buscar formas alternativas de pensar, agir e se relacionar.
É você o responsável pelo que vê e ouve . Pode filtrar. Então o que espera para fazer essa escolha?
Não digo que se isole desse mundo digital, embora exista um número considerável de pessoas que já o fazem, mas regule-se e monitorize-se... Escolha conteúdos, e sobretudo, o tempo de exposição. Tempos prolongados na Internet ou media são muito prejudiciais à saúde mental, sono e à sua percepção de vida. Torna-o mais triste e pessimista. É muito mais fácil vender, manipular e persuadir pessoas apáticas e tristes que pessoas alegres e com uma boa saúde menta daí os conteudos das notícias e programas da TV serem negativos.
Já quem tem uma maior porporção de vivência de vida real, normalmente evidência melhor saúde física e mental, melhores indices de energia, de felicidade. O contato com a natureza é indispensável para se re-energizar e limpar. O contato com outras pessoas é especialmente enriquecedor quer afetivamente, quer em termos da sua própria evolução humana. Somos seres sociais que necessitamos uns dos outros para o nosso espelhamento e crescimento pessoal.