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Não dá para ter ambos… Se quer ter razão vai inevitávelmente julgar e conflitar com outras pessoas. E valerá apena perder energia e tempo nisso? Ao embarcar nesse tipo de negativismo invariávelmente vamos baixar a nossa vibração e afastar-mo-nos ainda mais da nossa essência de compaixão e de amor.
Não obstante, o nosso EGO boicota-nos de diversas formas e este assunto da guerra Rússia/Ucrânia veio evidenciar em mim uma manifestação do meu ego negativo. No meu caso nada teve a ver com estar de um dos lados do conflito ou com o consumo indiscriminado de conteudos acerca da guerra. Eu evolui espiritualmente e sei o suficiente para não o fazer pois sei que a partidirização é o combustível das discussões e das guerras e se queremos paz temos de a encontrar primeiro dentro de nós e depois olhar para os outros sem julgamento mas sim com compaixão e vontade de encontrar consensos ao invés de buscar divergências e acusações.
E se eu "consumir" a torto e a direito notícias nunca conseguirei alcançar essa harmonia interior... As próprias notícias da forma como são feitas e apresentadas tentam promover a desunião e fomentar a guerra, o medo e a raiva. Isto não é uma opinião, é mesmo um facto ao qual muitos ainda não conseguem estar despertos para ver essa manipulação e acabam sendo esponjas acríticas de tudo o que passa na TV.
No meu caso porém, irritei-me com as incongruências, o apelo à violência, a manifestação de sentimentos de xenofobia de muitas pessoas. Muitas mais do que eu esperaria... Refiro-me em concreto a pessoas que dizem querer a paz e depois verbalizam e apoiam conteudos opostos. Assim, também eu num primeiro momento me deixei contaminar por sentimentos negativos. E isso aconteceu porque comecei a julgar os outros. Julgar os outros contaminou-me. E eu passei a ser assim mais uma pessoa com sentimentos de baixa vibração, como se no mundo já não existissem demasiadas pessoas assim!
Não sou perfeita! E ainda bem que consegui identificar essa minha sombra para começar a minha cura desse aspeto! Sem auto-consciência só conseguimos ver as falhas e os enganos dos outros e nunca os nossos!
Após alguma reflexão e após a leitura do livro do Trigueirinho " A Paz existe", percebi algumas coisas:
1. Cada um vê o que é capaz de ver e cada um dá aquilo que carrega dentro de si mesmo.
2. Não se preocupe com o caminho do outro e como estão a pensar e a agir! Você não tem qualquer poder de modificar ou pacificar os outros. Preocupe-se sim com o que se passa dentro da sua cabeça, e sobretudo com o que se passa dentro do seu coração. Está em paz? Tem a certeza disso?
3. Entregue ao universo, a Deus, a resolução desses grandes problemas da humanidade. De outro modo como poderá alterar o que se passa? Será mais sensato focar-se em si mesmo. Isso não é egoísmo, é saber viver! Você não veio para salvar a humanidade. Não veio para convencer ou converter ninguém... e também não veio para julgar os outros quando tem os seus próprios telhados de vidro.
4. Vivemos uns tempos atribulados onde as opiniões se radicalizam de cada lado da barricada. Qualquer tema serve de mote para discussões e acusações: ontem o covid e agora a guerra. Antes disto era a política, o desporto e tantas outras coisas. A intolerância e o desrespeito grassa.
5. Nunca a expressão “Orai e vigiai” foi tão importante! Feche a porta ao barulho que vem de fora! Esse barulho com certeza que o perturba e retira-lhe a esperança e o gosto de viver a vida... Retira-lhe a sua paz, a paz do EU.
E quem disse que viver predominantemente em medo e desespero é algo de bom e de construtivo?! Não o ajuda em nada! Quanto muito adoece-o e enfraquece-o! E também não vai ajudar a sociedade onde está inserido pois andará demasiado triste, irritado e desanimado.
6. Adote um mindset positivo. Ocupe a sua vida de uma forma construtiva e positiva fazendo as coisas que gosta de fazer. Instrua-se lendo e frequentando cursos. Evite contaminar-se emocionalmente "consumindo notícias". Viva o dia a dia em graça! Não preencha os vazios da sua vida com sujeira e emoções negativas. Será mais sábio preencher com solidariedade, caridade, amor, criatividade, gratidão e alegria.
7. Evite as expectativas e os julgamentos se quer ter paz.
Todos os dias é um milagre!
Todos os dias tem motivos para se sentir grato!
Todos os dias há pessoas que o animam e o fazem acreditar um pouco mais…
A escolha é sua e é feita todos os dias de forma consciente ou inconsciente. Essa escolha que faz hoje vai determinar tantas coisas no seu futuro… E vai determinar acima de tudo como já está a viver no seu presente!
Se eu andar a pregar pela paz não sou necessariamente uma pessoa de paz se em paralelo alimentar sentimentos de vingança, de raiva e se apoiar e publicar conteúdos ofensivos que propagam os sentimentos anteriormente descritos.
Pensar que a ofensa do outro me dá “autorização” para também ser ofensivo é o próprio combustível de qualquer conflito seja ele entre pessoas, famílias ou entre países. É por isso que o ser humano anda sempre envolto em guerras, discussões e dramas. Porque infelizmente se comporta como um adulto criança, com birras, ofensas e com falta de responsabilidade pelas suas próprias atitudes!
Normalmente, falo muito aqui de criança interior e da importância de nos conectarmos a esse nosso lado infantil que vive em nós toda uma vida… Mas eu refiro-me ao nosso lado puro, inocente, de compaixão, de deslumbramento pelo milagre da vida (a nossa, a dos outros e do planeta) e o nosso lado que é AMOR. Não obstante, não esqueçamos também que esse nosso lado guarda algumas das nossas maiores sombras… Porque também é o repositório de medos, inseguranças e traumas do início da nossa existência.
Assim, o maior desafio consiste em manter a paz dentro de nós. E quem entra em discursos e em violência com os outros está no fundo em guerra consigo mesmo…
O ho'oponopono tem várias orações e petições muito belas e uma das minhas preferidas, chama-se A PAZ DO EU. Nesta oração tem uma parte que eu de imediato memorizei, para que me sirva como lembrete:
Fiquem bem,e sobretudo, fiquem em paz! Não na paz do mundo (onde infelizmente não há paz) mas na paz do EU SOU!
E sejam de Paz, ou seja, cultivem em vós próprios a Paz e já estarão a fazer muito pelo planeta.
A PAZ VERDADEIRA ESTÁ DENTRO DE NÓS E NÃO FORA DE NÓS. O QUE VEMOS FORA DE NÓS É APENAS UM ESPELHO DO ESTADO EMOCIONAL DA HUMANIDADE. UMA HUMANIDADE QUE JULGA OS OUTROS E APONTA O DEDO, E QUE É INCAPAZ DE OLHAR PARA DENTRO DE SI MESMO E APAZIGUAR AS DUAS PRÓPRIAS DORES E MAUS SENTIMENTOS.
Nunca pergunte a alguém o que é certo e o que é errado. A vida é uma experiência para descobrir o que é certo e o que é o errado. Às vezes você fará o errado, mas isso lhe proporcionará a experiência, isso o deixará consciente do que precisa ser evitado. Às vezes você fará algo bom e será imensamente beneficiado. As recompensas não estão além desta vida, no céu ou no inferno. Elas estão aqui e agora.
Cada ação traz imediatamente o seu resultado. Simplesmente esteja alerta e observe. Pessoas maduras são aquelas que observam e descobrem em si mesmas o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim. E, pelo fato de descobrirem por si mesmas, elas têm uma imensa autoridade. O mundo inteiro pode dizer uma outra coisa, e isso não faz diferença para elas. Elas têm suas próprias experiências para se orientarem, e isso é suficiente.
Osho - Todos os dias - pág.30
Quem acompanha este blogue há um tempo sabe que nunca trouxe aqui este tema durante toda a pandemia. Nunca o fiz porque não gosto de alimentar polémicas nem pretendo converter niguém a ter uma opinião igual à minha. Este espaço é um espaço aberto de debate de questões relacionadas com o desenvolvimento pessoal, a sociologia e a filosofia. Achei que só agora o deveria de fazer porque sempre que pessoalmente abordei esta questão com algumas pessoas encontrei imensa resistência, falta de abertura ao diálogo e ao raciocínio, muito julgamento e incompreensão acerca da minha opinião pessoal sobre o tema do virus e das vacinas.
Ao escrever este texto, tenho a noção que não fui nem desrespeituosa nem procurei convencer ninguém de nada, por isso, agradeço a cortesia do respeito da vossa parte quando lerem este meu texto. Grata.
E já passaram quase 2 anos desde que mergulhámos nesta pandemia... Durante este período eu e a minha família lá fomos escapando por entre os pingos da chuva ao contágio. E assim foi até um belo domingo de fevereiro...
O meu filho testou positivo após ter estado connosco no fim de semana. Na sexta-feira testou negativo e no domingo já estava positivo! Eu tinha estado no sábado de manhã com a minha mãe de 86 anos que tem vários problemas de saúde, porém, nesse fim de semana sugeri que não viesse... Não sei bem explicar mas tive a sensação que era melhor não vir... De qualquer forma estive com ela no carro e em casa dela, pelo que estava preocupadíssima que também tivesse apanhado o bicho.
Até quarta estavamos bem e sem sintomas. Eram umas 11h de quarta feira e comecei a sentir uns brutais arrepios associados a dores musculares. Fiquei literalmente gelada! Fui ver se tinha febre e tinha 37.3. Fiz autoteste e ... negativo! O meu marido tinha estado a fazer um teste em farmácia que deu negativo, porém,quando chegou a casa tinha febre!
Quinta feira e além desses sintomas (arrepios, dores musculares e fraqueza) comecei a sentir um ardor na garganta (nada demais) e uma pequena tosse. Em pouco mais de 24h de doença já me tinha apercebido duma coisa estranha: num momento estava relativamente bem para as circunstâncias e de um momento para o outro vinham umas crises brutais de arrepios e de dores musculares que me deixavam muito prostrada. Quando estamos doentes é normal a doença conhecer uma evolução: começas mal e pioras um pouco e depois vais melhorando progressivamente... Ora com o covid nada disso! Um momento pareces estar a querer melhorar e no outro estás de lonas! É completamente irregular!
Sexta feira acordei de lonas! Montes de dores no corpo, começou a doer nas costas (dores musculares) e mal me conseguia mexer para descer as escadas e ir tomar o pequeno almoço... Para a tarde estive melhor após tomar medicação.
Na segunda feira apareceram as náuseas... Foi chata essa parte. Mas eram sempre de noite e afetavam o apetite para o jantar. E eu que andava a pensar perder algum peso... Como é irónico o universo!
Esse aspecto irregular de evolução da doença afeta o mental e emocional também. Existem fortes motivos para ser assim! Por um lado durante estes dois anos de pandemia absorvemos informações muito negativas acerca da doença pelo que os nossos medos foram todos alimentados da pior forma possível - de forma inconsciente nas notícias e boletins da DGS que eu consumi (demais) e que hoje me arrependo... Aproveito para referir que aqui em casa decidimos não ver mais notícias, e assim começamos este ano mais livres, de coração e mente leve.
Para mim foi muito triste ver o papel da comunicação portuguesa durante a gestão da pandemia. Foi completamente unilateral, tendenciosa, parcial... Deixei de acreditar... Lamento muito mas é o que eu sinto e mudou radicalmente o que eu agora estou disposta a ver ou a tolerar.
Com a situação do covid era fundamental ter existido um espaço de troca de opiniões, estudos, dúvidas. Teria sido útil esse debate democrático. Mas não foi isso que ocorreu. O que ocorreu foi uma narrativa de medo do virus e de promoção das vacinas. E qualquer pessoa que manifestasse dúvidas ou questionamentos foi imediatamente silenciada com a acusação de negacionismo.
Ainda assim quando desconfias que tens covid acabas por mergulhar nos teus receios...Temes morrer! Temes ter problemas respiratórios e ter de ir parar ao hospital! Temes estar a piorar! A programação que nos fizeram foi forte!
Depois tem a questão das expectativas: ninguém espera uma doença que é um carrousel! Agora estás um pouco melhor, a seguir já te sentes pior, depois alívia qualquer coisa e depois aparece outro sintoma... Juro que isso cria alguma ansiedade em quem já o é!
Nota positiva durante o processo: ao tomar brufen ou benuron os sintomas atenuavam bastante e eu sentia-me com mais coragem e recursos para enfrentar a situação. Também ouvir meditações e músicas de cura me auxiliaram a enfrentar este momento com maior positivismo.
Após vários autotestes negativos, heis chegado o sábado em que fui fazer o meu teste na farmácia. Sou recebida por uma técnica com escafandro... Só essa visão é suficiente para impressionar! Fiz o meu teste e a técnica disse-me logo: Olhe que está a dar positivo!
Durante o meu processo não me questionei se tinha decidido bem em não me vacinar pois sou de opinião que mais do que a vacina é o próprio sistema imunitário que determinará como as coisas vão correr. As vacinas administradas não são para a estirpe omnicron, são para as anteriores (um pouco como a gripe sazonal), por isso, tantas pessoas vacinadas também apanharem o vírus e nem todos com sintomas ligeiros. Ter esta opinião não é negacionismo pois eu nunca neguei a existência deste vírus.
Em março de 2020 tive uma gripe idêntica a esta com a diferença que os sintomas não foram ligeiros. Tive muita tosse, febre mais elevada e demorei muito tempo a recuperar. Tive até de tomar antibiótico para melhorar. Se calhar já era covid, só que não havia testes para ter a certeza...
Também não sou negacionista das vacinas nem anti-ciência. As minhas reservas são com esta vacina em especial, desenvolvida em tempo record e sem a testagem de segurança feita. Não crítico quem se vacinou. Cada um deve ser livre de fazer a opção que se alinha mais com a sua consciência. No meu caso o facto de ter um histórico de alergias a alimentos e a medicamentos levou-me a esta decisão de não me vacinar com uma vacina experimental e cujos efeitos secundários ainda estão por se apurar devidamente. Acresce que li muitos artigos, sobretudo em inglês, porque aqui em Portugal não houve contraditório, que levantavam a possibilidade de problemas cardíacos (miocardites e periocardites) e problemas auto-imunes... Não obrigada! Já me basta os problemas que tenho e ainda mais não estou a caminhar para jovem.
Só agora se começa a dar tempo de antena a opiniões médicas e cientificas diferentes do mainstream.
A decisão de se vacinar ou não é uma decisão individual em que cada um deve de optar segundo a sua consciência, a sua saúde e a sua vontade individual. Deve ser segundo o que acha ser melhor para si, e não com base no que os outros (família, amigos, estado) acham ser melhor para si. Também deve ser uma decisão livre e sem coação das imposições do certificado, porque afinal isto é uma experiência, e como tal, as pessoas devem participar nela livremente e voluntáriamente. Isto não é uma opinião: está consignado no Código de Nuremberga.
Decidi publicar este texto como a experiência da minha família com o objetivo de desdramatizar muitos dos receios e ansiedades em torno deste vírus que, como constatei na pele, parece estar menos forte. As pessoas necessitam de saber de pessoas que tiveram a doença e sobreviveram a ela com serenidade.
Há pessoas que tiveram más experiências com esta doença? Claro que sim! Tenho o meior respeito por elas e desejo do fundo do meu coração que se recuperem bem.
Mas há outras, em número muito superior que tiveram sintomas ligeiros. O meu filho de 18 anos recuperou em 3 dias. Eu entre 7 a 10 dias e o meu marido um pouco mais.
Um conselho imprescindível: além do benuron e do brufen, bebam muita água, descansem muito, alimentem-se bem, tomem suplementos de vitamina C e zinco pois auxiliam o sistema imunitário a ter uma resposta mais forte.
Muita saúde e muita luz para todos!