Foi uma amiga que despertou o meu interesse pelo mundo dos óleos essenciais. Confesso, que inicialmente fui um bocado renitente e céptica... cheirar o aroma de um óleo traz benefícios para a sáude! A sério?! Colocar algumas gotas de óleos essenciais com óleos vegetais ajuda a nutrir a pele e alguns tem grandes propriedades anti-sépticas e regeneradoras... Mesmo?!
Mas pensando bem... Se nós percepcionamos o mundo pelos 5 sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tacto... Faz sentido que a cura e tratamento também possa vir por esta via...
Como vos disse foi muito céptica que contatei com o meu primeiro óleo: óleo tea tree ou de melaleuca, uma planta oriunda da Austrália que é excelente nas propriedades antissépticas, antifúngicas, parasiticidas, germicidas, antibacterianas e anti-inflamatórias, que lhe atribuem inúmeros benefícios no combate a fungos nas unhas, acne, caspa, pé de atleta, mau hálito. Eu usei num fungo numa unha do pé.
Ao estudar um pouco mais o tema descobri que os óleos essenciais são compostos por quantidades concentradas de determinadas plantas medicinais (podem ter concentrações de 2, 3, 5 ou mais quilos da planta), logo devem ser usados com prudência. A sua má utilização pode causar irritação da pele, queimadura e secura. A maioria deles tem mesmo de ser diluído em óleos vegetais (gorduras) não em água! Óleos essenciais não dissolvem em água!
Óleos essenciais são substâncias produzidas, naturalmente, pelas plantas, para sua proteção e reprodução. Podemos encontra-los nas folhas, raízes, flores, caules, galhos, cascas de fruto, troncos e sementes. Eles residem em pequenas bolsas das plantas que se chama tricomas. São rompidos naturalmente ou durante o processo de extração do óleo.
Os óleos podem ser cheirados diretamente do frasquinho, ou colocados em lenços ou em difusores elétricos. Podem ser ingeridos em muito pequenas quantidades, pois podem causar náuseas, vómitos, diarreias e queimaduras do aparelho digestivo se mal aplicados (em quantidades excessivas).
Há óleos para imensas coisas! É mesmo um mundo! Para a pele envelhecida precocemente, caspa, queda de cabelo, manchas, acne, depressão, ansiedade, insónia...
Os óleos vegetais são diferentes dos óleos essenciais. São óleos obtidos de plantas (castanhas, frutos, sementes) e tem características muito nutritivas, lípidicas e compatíveis com a nossa pele. Podemos aplicar diretamente na pele : óleo de amendoas doces, azeite, óleo de côco, óleo de orégão, óleo de linhaça, óleo de alfazema...
Os óleos vegetais são gorduras (do bem), repletos de vitaminas, ômegas, proteínas e sais minerais. São hidratantes, emolientes, cicatrizantes, regeneradores da pele e cabelo e antioxidantes.
Assim, há que diferenciar os óleos essenciais (que são quantidades muito concentradas de uma planta) dos óleos vegetais (gorduras do bem).
É muito importante adquirir óleos de boa qualidade não só para ter acesso a mais benefícios para a nossa saúde e estética mas também para evitar contaminar-mo-nos com os pesticidas e outros agentes químicos cada vez mais usados na agricultura extensiva os quais afetam negativamente a nossa saúde. Os agro-químicos são mesmo um inimigo silencioso.
Os óleos devem ser de origem biológica e devem ter o nome da planta em latim. O processo de extração deve ser prensado a frio.
A prensagem a frio é o único método de extração que garante um óleo 100% puro e natural. É uma forma simples de se conseguir o óleo de sementes e nozes, já que é, basicamente, a matéria-prima prensada. É também um método moroso e lento, já que são necessários, em média, cinco quilos de matéria-prima para produzir apenas um litro de óleo.
A forma mais utilizada pelas indústrias é a refinagem. Porém, o resultado dessa forma de extração não é um óleo puro e funcional, já que o processo envolve o aquecimento da matéria-prima e também a adição de solventes químicos que facilitam a extração. Outro fator muito comum nesse tipo de extração é a mistura de óleos puros com óleos refinados, a fim de baratear os custos do produto. Contudo, o resultado dessa adição também compromete a funcionalidade os óleos.
Face ao exposto, facilmente se conclui que os óleos prensados a frio são mais caros. Há muitos anos que na minha escolha de óleos para ingestão que também prefiro os prensados a frio.
Hoje amanheci com uma dor de cabeça que me é familiar... Tem a ver com a sinusite e as minhas alergias sazonais que se agravam quando o tempo anda instável... E aqui pelas nossas bandas o tempo anda muito instável! Lembrei que a hortelã-pimenta é excelente no tratamento de dores de cabeça... Como não tinha o óleo mas tinha a planta, retirei duas folhinhas e andei a cheirá-las... Milagre! A dor de cabeça desapareceu!
Acredito que quem sofra de enxaqueca não consiga solucionar desta forma... Mas o óleo essencial, que tem uma maior concentração da planta e consegue resultados surpreendentes e alivia e trata! Sei de pessoas que tiveram melhoras dramáticas! Mas atenção se tem a tensão alta, esta solução não é a melhore para si!
O meu conhecimento nesta área é muito recente e pouco aprofundado, para mais conhecimento recomendo "O Grande Livro da Aromaterapia" de Dominique Baddoux. Uma bíblia em óleos essenciais!
A aromaterapia é mais uma área que resolvi trazer aqui a este espaço de partilha de saberes naturais e milenares. O saber não é meu, eu só o partilho na esperança de inspirar algumas pessoas que como eu buscam primeiro uma solução natural.