Sobreviver ou saber viver?
Na vida podemos optar por sobreviver ou por saber viver.
Sobreviver implica acomodação, dor, resignação, frustração e falta de autorrealização... Pois quem na vida adopta a estratégia da sobrevivência, foca-se em agradar aos outros e abdica do seu poder pessoal.
Saber viver implica reclamar o seu poder pessoal... Viver em serenidade interna (mesmo no meio do caos), realizar o seu potencial, ser consciente dos seus atos e agir em coerência e bravura com a sua essência, procurando formas de realizar o seu propósito de vida… E as possibilidades são ilimitadas! Jamais se restringem "aquilo" que lhe apresentaram como sendo as "possibilidades disponíveis" culturalmente...
Quantos de nós apenas sobrevivem, vitimizam-se constantemente e tem medo de se confrontarem com o seu passado? De se confrontarem com as suas próprias sombras? Quantos provavelmente aceitaram aspetos que nunca deveriam ter tolerado e lutaram em vão por outros que deveriam de ter aceitado?
Se calhar... todos nós! E se para alguns chega um dia em que isso basta! Para outros (a maioria ainda) é modo de vida instalado de homem-massa ou robot do século XXI.
Onde adquirir essa sabedoria da vida? Onde encontrar esse bom-senso que nos conduza a um menor desgaste energético, físico e mental? Onde reside afinal a leveza da vida?
Numa formação que frequentei o formador disse algo que me impactou imenso e que creio trazer uma compreensão e um insight transformador:
- Imagine que a vida é como conduzir um carro, e você vai fazendo a sua caminhada com avanços, recuos e uma ou outra paragem.
No final você sabe que vai acabar por morrer, não sabe é o caminho que irá percorrer até ao seu destino final.
Seja como for, você estará sempre em movimento.
Onde quer estar? No lugar do condutor a conduzir a viatura e orientando o caminho a seguir ou no banco de trás a ser conduzido?
Por mais difíceis que sejam as suas circunstâncias atuais de vida, você tem sempre a possibilidade de decidir que pensamentos internos vai alimentar (positivos ou negativos), que decisões vai tomar, de aprender a gerir as suas próprias emoções e de escolher a forma como irá agir. E se é verdade que tantas vezes não podemos controlar situações externas, podemos sempre encontrar alternativas para aquilo que estamos a viver. Há sempre um caminho por explorar, uma solução que ainda não testou, alguém a quem solicitar ajuda…
E acima de tudo, há um entendimento importante a fazer: não podemos ter tudo! Sempre que optamos por uma determinada possibilidade, estamos a abrir mão de outras possibilidades.
Ninguém tem uma vida perfeita! Só na TV e cinema!
Na vida real todos enfrentamos desafios, altos e baixos, dores e prazeres, alegrias e tristezas...
Não é o que nos acontece que importa... É o que fazemos com aquilo que nos acontece! É na nossa capacidade de nos expandirmos, de nos transcendermos, de crescermos e de sermos melhores do que já fomos.
Se deixarmos o que nos acontece determinar quem somos seremos sempre uma versão diminuida de nós mesmos. Seremos o que os outros querem que sejamos e nunca quem somos de verdade.