15. Reflexão acerca da espiritualidade
A falsa espiritualidade tenta convencer-nos que as afirmações e as visualizações são suficientes como motor para a evolução e a transmutação.
Repetir frases positivas, ouvir aúdios, ver vídeos é um auxiliar agradável, porém, de nada adianta afirmar e visualizar coisas positivas se por dentro de nós o emocional estiver todo desalinhado ou se as nossas emoções negativas ficarem reprimidas e a contaminar-nos, muitas vezes inconscientemente.
O caminho da verdade e da virtude é precisamente ao contrário. Do coração para a mente e não da mente para o coração.
Temos de sentir o que sentimos sem negação nem repressão. Sem julgamento. Sem culpa. Com coragem. Com responsabilidade.
Essa libertação emocional, permitirá integrar muita luz nas nossas sombras. Trará cura. Trará paz. Trará sabedoria.
Isso não ocorrerá magicamente... tem de se dar tempo e espaço. Se andar constantemente a correr em stress, a buscar entretenimento para entorpecer emoções e para fugir de si mesmo, o novelo emocional irá crescer, e crescer... e um dia rebenta!
Estar atento ao que sente, aos seus limites pessoais, assumir em amor, aceitação e responsabilidade a sua vida como ela é. Dispor-se a fazer as alterações necessárias para viver mais no presente, para se cuidar e nutrir, para trabalhar o perdão e as emoções que vão aflorando, é o que viemos fazer aqui.
Na verdade vivemos todos demasiadamente na cabeça. ..
A espiritualidade não é possuir cristais, tornar-se vegan, fazer yoga ou tornar-se hippie.
Não pense que tem de ceder a modas para se sintonizar com o seu espírito. Conectar-se ao seu Eu Superior é a maneira de expandir a sua consciência e de alcançar o seu potencial mais elevado.
Ao longo do meu caminhar aprendi com os mestres que o caminho da espiritualidade é este:
Aprender, desaprender e reaprender.